Parada: a incompetência administrativa! Parada: a incompetência administrativa!

Diversos, Notícias | 22 de agosto de 2013

A Regap, desde a sua fundação, passou por centenas paradas. Fossem elas de emergência ou programadas. Praticamente, todo ano tem uma ou mais unidades com parada programada para manutenção. Por mais incompetente que seja uma administração, ela já teria aprendido a planejá-las por meio dos erros cometidos no passado em outras paradas. Mas não é o que ocorre na Regap! Apesar de programada, a parada do CCF-1 está cheia de problemas. Não são problemas técnicos, mas, como sempre, de gestão.

DIMINUIR CUSTOS SEM SEGURANÇA
Seguindo a cartilha da Sra. Graça Foster, a refinaria procura formas de diminuir custos. O gerente da parada queria antecipar a entrega da unidade para a operação. Para isso, se expôs ao ridículo, indo à área e pulando de tubulação em tubulação, pressionando os trabalhadores. Ele achava que a sua presença e truculência nos locais de serviço ia ser determinante para bater o recorde almejado. Era para ele ter aprendido com o passado de outras paradas, mas parece que a incompetência faz com que os mesmos erros sejam cometidos.

Há denúncias de que trabalhador da Petrobrás não cumpriu a folga prevista, não registrando a saída nem a passagem na catraca. Esses dias dentro da Regap vão gerar um bom montante de horas extras, que provavelmente não pagarão o desgaste na saúde que mais tarde virá. Tudo isso aconteceu com a cumplicidade da chefia! Se ocorrer um acidente com um trabalhador desse, a empresa pode alegar que nem sabia que ele estava em suas dependências. Isto é: pode dizer que é clandestino sem direito a nada.

GREVES E DEMISSÕES
Os trabalhadores da empreiteira Produmam ficaram uma semana de greve por causa de atrasos nos pagamentos dos salários. Greve justíssima! Com isso, os trocadores foram enviados para São Paulo para limpeza e reparo. Parte deles não chegou a tempo para a partida. Mesmo assim, a gerência da parada manteve a data de partida da unidade. A instalação e os testes necessários para os trocadores serão feitos com a unidade em operação. O que aumentam os riscos de acidentes.

A Potencial não contratou todos os empregados da outra empreiteira que saiu, a Manserv. Fez isso para diminuir custos, pois como eles tinham certificado da Abraman, a mão de obra seria mais cara. Com isso, foram contratados trabalhadores menos qualificados para a parada. Mesmo assim, o gerente da parada não só manteve os prazos para a partida, como queria antecipá-los para bater recorde.

É bom lembrar que foi durante essa parada que faltou comida para os trabalhadores. Quase todos os dias, ou faltava comida ou ela chegava atrasada. Pelo menos, em dois sábados, por falha da organização da parada, houve longas filas porque não tinha comida suficiente para o grande número de trabalhadores. Para quem quer reduzir custos, essa foi uma economia “burra”: tentaram reduzir o gasto na alimentação, mas tiveram que pagar milhares de horas para os trabalhadores que não estavam trabalhando, já que estavam na fila esperando a comida ficar pronta. Essas falhas são antigas e se repetem em quase todas as paradas.

PARADA UDAV-2
A parada da UDAV-2 já vai começar. Vamos ver se erros cometidos na parada do CCF-1 não se repitam. É bom lembrar que os maiores acidentes que aconteceram na Regap foram durante paradas. Inclusive com vítimas fatais!

Sindipetro/MG