Trabalhadores da RLAM fazem manifestação contra acidentes na refinaria Trabalhadores da RLAM fazem manifestação contra acidentes na refinaria

Diversos, Notícias | 20 de janeiro de 2015

Uma grande manifestação de protesto contra os acidentes na RLAM – o incêndio de quarta (14), sem feridos, e a explosão que deixou graves lesões em três operários no domingo (18) – com cerca de quatro mil trabalhadores, paralisou totalmente as atividades na refinaria na manhã dessa segunda-feira, 19, sob a direção do Sindipetro Bahia e Siticcan.

O ato começou por volta das 5h30 e só foi encerrado meio-dia; na assembleia realizada no Trevo da Resistência, foi decidido o retorno de todos para casa – pessoal da ativa e das terceirizadas – e uma reunião com a direção da RLAM, quando foi criada a comissão de investigação e apuração do acidente com participação do Sindipetro Bahia e um diretor do Siticcan.  

Apesar da manobra da gerência da RLAM de desviar a frota de ônibus do administrativo e turno para o estacionamento da Disul, uma enérgica ação dos dois sindicatos garantiu o retorno da frota para Salvador e as demais cidades do interior, inviabilizando assim a tentativa mesquinha e de divisão do movimento sindical.   

Ficou decidida ainda a participação do Sindipetro e Siticcan em inspeções de segurança nas paradas de manutenção, correção de irregularidades denunciadas pelos trabalhadores aos sindicatos, a exemplo de jornada excessiva de trabalho, pressão por maior produtividade para cumprimento dos prazos e atmosfera de equipamentos contaminados com agentes químicos.

Sobre as vítimas – José Adailton, Jonas Leal e Jucineide de Jesus – os dois primeiros da Victória e a trabalhadora da Potencial – elas permanecem internadas, sendo que José Adailton e Jucineide foram transferidos para o Hospital da Bahia e Jonas Leal continua no Hospital de Medicina Humana, em Candeias, todos ainda em estado grave.

O ato de protesto teve a participação do coordenador geral Deyvid Bacelar e dos diretores André Araújo, Agnaldo  Soares, George Arléo, Raimundo Dórea, Gilson Morotó, Peu da CUT, Rosangela Maria, Unílson Neves, Moisés Rocha e o militante Carlos Gomes (Chulé) e vários diretores do Siticcan.

Sindipetro-BA