Os trabalhadores não podem e não vão pagar pela crise! Os trabalhadores não podem e não vão pagar pela crise!

Diversos, Notícias | 6 de fevereiro de 2015

A recente vitória da esquerda na Grécia, representada pelo partido Syriza, renova a esperança por dias melhores. Desde 2010, quando o governo optou pela política econômica da austeridade, os gregos sentem o sabor amargo do desemprego, da redução dos benefícios e o aumento de impostos. A austeridade, nada mais é, do que medidas impopulares para sanar dívidas. E, como sempre, a conta cai nas costas dos trabalhadores.

Na Espanha, a história se repete. Atualmente, quase um quarto da população está desempregada. Em ambos países, os trabalhadores tiveram seus direitos reduzidos para atender os interesses do “deus mercado”. No final deste ano, os espanhóis também irão às urnas para eleger o novo presidente, e há indícios de que a esquerda será eleita. Os institutos de pesquisa Metroscopia e Sigma Dos dão vitória a Pablo Iglesas, do Podemos, com 28,8% das intenções de votos. O partido foi criado em 2014, fruto da indignação do povo espanhol.

A ascensão da esquerda na Europa mostra que o caminho a ser percorrido é outro. Seguir a cartilha do mercado em detrimento da população, leva o país à recessão, sim! Espanha e Grécia são a prova.

No Brasil, o “pacote de maldades” coordenado por Joaquim Levy – contabilizando ajustes fiscais, aumento da taxa de juros e as Medidas Provisórias 664 e 665- são sinais de que estamos indo para o caminho errado.

Somos o segundo país da América Latina que mais se cobra tributos, atrás somente da Argentina. Entretanto, quem mais paga impostos são os trabalhadores, e a tendência, com as medidas anunciadas, é só aumentar. As MPs 664 e 665 vieram para dificultar o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, como o seguro desemprego, pensão por morte, auxílio doença, entre outros.

Enquanto os europeus clamam por mudanças imediatas, com políticas que valorizem a classe trabalhadora, como as que foram adotadas no governo Lula; Dilma, pressionada por forças políticas e seguindo a cartilha do mercado, se distancia do projeto político defendido pela esquerda brasileira.

Adotando esta postura, ela, de certa forma, contribui para o fortalecimento daqueles que querem destruir o Brasil. Entretanto, os movimentos sindical e social não permitirão que as conquistas do nosso povo sejam esvaziadas. A conta, não pode e não vai cair nas costas dos trabalhadores.

Esperamos que a presidenta Dilma Rousseff, eleita com o nosso apoio, negocie com a classe trabalhadora, de forma coerente, as políticas econômicas do seu novo mandato, que, até agora, nos mostrou o contrário!

Sindipetro/MG