Dia 15 de Abril – Paralisação Nacional contra o PL4330 Dia 15 de Abril – Paralisação Nacional contra o PL4330

Diversos, Notícias | 13 de abril de 2015
No dia 8 de abril, a Câmara dos Deputados aprovou o texto base do Projeto de Lei (PL) 4330, que amplia a terceirização para todas as atividades da empresa, inclusive a atividade principal em que atua, a chamada de atividade-fim. 
Em uma empresa de transportes, por exemplo, a legislação trabalhista impede que os motoristas sejam terceirizados. Somente as atividades que não estão ligadas com a atuação direta, como a limpeza e segurança, podem ser terceirizadas. 
Dos 324 deputados que disseram sim ao projeto, 189 são empresários. Isso acontece porque os patrões alegam que os trabalhadores possuem muitos direitos e isso encarece o emprego no Brasil. Mas, principalmente, diminui o lucro, ou a competitividade, como gostam de chamar, da empresa. 
 
Há três motivos principais para você lutar contra esse projeto:
 
1. Com o PL 4330, o trabalhador direto poderá ser demitido para que um terceirizado seja contratado, com diminuição de salários, de direitos e aumento da jornada de trabalho. 
O projeto não amplia os direitos dos terceirizados, que já sofrem com péssimas condições de trabalho, mas sim rebaixa o dos demais trabalhadores.
 
2. O argumento de que a responsabilidade solidária é uma forma de proteger o trabalhador terceirizado é mentira. 
Responsabilidade subsidiária é quando a empresa que contrata a terceirizada assume custos como dívidas trabalhistas que não foram pagas pelo companhia que contratou. O problema é que, antes disso acontecer, o trabalhador precisa acionar a Justiça e esgotar todas as possibilidades de pagamento por parte da terceirizada. 
Portanto, da mesma forma que acontece hoje, o trabalhador demoraria anos para receber seus direitos.
 
3. Generalização das mortes e acidentes de trabalho
O cenário contra o qual lutamos vai se tornar realidade para a maioria dos trabalhadores. Um estudo de dezembro de 2013 mostra que os terceirizados recebiam 24,7% a menos do que os contratados direitos, trabalhavam 3 horas a mais por semana e eram as maiores vítimas dos acidentes de trabalho. 

Isso acontece porque as terceirizadas rebaixam o custo com a diminuição de equipamentos de proteção, treinamento e, claro, salários

CUT