Quadro nacional da greve nas bases da FUP Quadro nacional da greve nas bases da FUP

Diversos, Notícias | 11 de novembro de 2015

Sem avanço no processo de negociação entre a FUP e Petrobrás, os petroleiros iniciaram hoje, o décimo primeiro dia da greve nacional da categoria. A tendência é que os trabalhadores radicalizem o movimento. Os informes dos sindicatos da FUP são de que em várias unidades, a produção nas unidades do Sistema Petrobrás está paralisada ou parcialmente interrompida.

Na Bacia de Campos, onde a greve já atinge 50 unidades marítimas, mais de dois milhões de barris de petróleo deixaram de ser produzidos, o que gera um prejuízo de pelo menos R$ 400 milhões para a Petrobrás. Na P-37, uma das plataformas que está no movimento grevista, houve um vazamento de óleo, fatalmente causado pela irresponsabilidade da Petrobrás e suas equipes de contingência. O acidente ambiental constata todos os alertas que a FUP e seus sindicatos vem fazendo desde o início da greve sobre o risco de manter as plataformas sob a “responsabilidade” de  equipes sem preparo algum para operar as unidades.

As demais plataformas da Petrobrás no Ceará e Espírito Santo também estão paralisadas e com redução na produção. Soma-se a isso, os campos de produção terrestre da Bahia, do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo.

A Fafen-PR, maior produtora mundial de catalisador para caminhões a diesel (ARLA-32), está parada há mais de uma semana. A cada dia, 2 mil toneladas de uréia deixam de ser produzidas, assim como 1.350 toneladas de amônia e 1.680 toneladas de ARLA-32. Segundo o sindicato, o impacto financeiro da paralisação da fábrica é de R$ 2 milhões por dia.

Na Bahia, o sindicato estima que metade da produção do estado está paralisada. Nos campos de produção terrestre, cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás diários deixaram de ser produzidos e na região de Candeias, a produção diária caiu de 4.500 para 2.100 barris de óleo. A greve também impactou na geração de energia em Camaçari, que sofreu uma redução de mais de 60%, caindo de 326  para 118 megawatts. A paralisação da usina de Candeias interrompeu a produção de bioediesel, ácido graxo e de glicerina. Na Fafen foi cortada inteiramente a produção de ureia e interrompida a distribuição de amônia, ARLA-32, ácido nítrico, entre outros produtos.

Na Reduc, houve uma queda de 30 mil barris diários de petróleo refinado, a produção de asfalto está interrompida e a produção de coque já sofreu uma redução superior a 80%, o que gera um prejuízo de mais de  R$ 1 milhão por dia à Petrobrás. Na Recap (SP), metade da produção foi afetada. Na Lubnor (CE) e na Refinaria Clara Camarão (RN), as unidades também foram paralisadas.

No Rio Grande do Norte, o Polo de Guamaré reduziu consideravelmente a produção, assim como as 13 plataformas que estão em greve. No Ceará, 87% da produção de óleo e 94% da de gás foram paralisados. No Espírito Santo, a produção das plataformas P-58 e P-57 também caiu pela metade, nos dois primeiros dias da greve.

FUP