Regap: ameaças constantes Regap: ameaças constantes

Diversos, Notícias | 5 de fevereiro de 2016

Há uma semana, recebemos uma grave denúncia sobre o sucateamento da manutenção em áreas operacionais da Regap. Houve aumento de pendências e recorrência de falhas em equipamentos, além do enxugamento de equipes para as diversas frentes de serviço. Exemplo disso é a bomba de fundo do CCF 2 (103-P-002), que apresenta vibração acima do valor de alarme por mais de quatro meses.

No último fim de semana, novos incidentes acenderam o sinal de alerta, como o vazamento na linha de topo da torre retificadora de H2S, na HDT. Após o reparo, durante o procedimento de partida, houve novo vazamento em outro ponto da mesma linha. Já no início desta semana, mais outro, dessa vez, na torre retificadora de DEA.

Em reunião com a Gerência da Regap, os diretores do Sindipetro/MG foram informados que foi criado um grupo de trabalho para estudar as causas dos incidente da HDT, além de acompanhar os devidos reparos. Quanto à abrangência do acidente fatal da Reduc, serão levantadas as atuais condições de segurança em toda a tancagem da refinaria.

Conforme cobrança do Sindipetro/MG, a orientação é não se realizar qualquer atividade em tetos de tanques até que tenhamos a averiguação das condições de segurança, assim como as recomendações referentes a investigação do acidente na Reduc. É bom lembrar que, caso o trabalhador não se sinta seguro para realizar uma tarefa e estiver sendo pressionado para fazê-la, o mesmo deve utilizar do direito de recusa (previsto em ACT) e entrar em contato com o sindicato.

Redução de custos a que custo?
O descaso com a manutenção na refinaria é o primeiro sintoma dos cortes de gastos, fruto das diretrizes atuais de desmonte da estatal. Com isso, a manutenção é precarizada, as exigências de contratos diminuem e os riscos de acidentes aumentam. O preço disso pode ser a vida dos trabalhadores!

Não podemos ser “bucha de canhão” dessa uma economia que vai aumentar os custos no futuro, além de viver e trabalhar sob o constante risco de acidentes. A greve de novembro mostrou o caminho. Voltaremos à luta para defender nossos direitos e garantir nossa segurança.

Sindipetro/MG