Déficit impacta Plano Petros 1 Déficit impacta Plano Petros 1

Diversos, Notícias | 29 de fevereiro de 2016

O diretor Administrativo e Financeiro da Petros, Danilo Ferreira, esteve no Cepe-MG e na sede do sindicato, na última terça-feira, 16, para tirar as dúvidas dos trabalhadores sobre os boatos em torno do tema déficit. Em entrevista, o diretor esclareceu os principais pontos que vêm causando preocupação na categoria. Confira!

Turma do Cepe-MG esclarece dúvidas

Há três anos, ou seja, desde 2013, que o Plano Petros 1 está deficitário. Quais motivos, o que levou a essa situação?

É importante esclarecer, que o déficit é único e exclusivamente no Plano Petros 1. Não há déficit no Plano Petros 2 e em nenhum outro plano da Petrobrás. O déficit no Plano Petros 1 se dá, primeiramente, em razão das questões econômicas. Por exemplo: o resultado ruim de empresas como a Vale, por causa da conjuntura. Além disso, têm outros efeitos, como os níveis, que tem o peso de R$ 3,5 bi na carteira da Petros. Há também as contingências judiciais. Tem uma outra questão, que é a implementação da família real, que vai custar para o plano aproximadamente R$ 5 bi. Isso tem a ver com a maneira como será calculado os benefícios a conceder, ou seja, das pessoas que vão se aposentar. Hoje, se faz uma estimativa e passa a fazer a conta atuarial exatamente com a composição familiar de cada indivíduo. Isso é, eu vou pegar o João, o Pedro, quantos anos a mulher dele tem, quantos anos os filhos deles têm para realizar a conta do compromisso que a Petros tem com ele. Isso tem um impacto.

Cogita-se que a dívida está em torno de R$ 14 bi. É esse valor mesmo?

Nós temos um número que é de outubro de 2015, que é dentro do que você está colocando, entre R$14 e R$ 15 bi. Agora, a gente precisa esperar o fechamento e aprovação do Conselho Deliberativo da Petros. O balanço fecha em maio. Mas os números de dezembro só podem ser divulgados após a aprovação do conselho. Então, até outubro era esse o dado. Dezembro, só depois da apreciação do Conselho Deliberativo e Fiscal. Depois disso, a diretoria da Petros vai dar início a um processo de conversa com os participantes e assistidos. Estão montando dois grupos: um com grandes encontros, que a própria diretoria vai conduzir, e outros menores, onde os gestores da Petros irão falar sobre o tema, explicar, tirar dúvidas, já com um quadro mais claro, de qual será o impacto no equacionamento da Petros.

O equacionamento será pago pelos participantes e assistidos. Mas não teria uma outra forma, uma outra saída de não impactar a renda dessas pessoas?

A legislação é muito clara: é na proporção das contribuições. No nosso entendimento, é que metade será da patrocinadora e metade dos participantes e assistidos. Nós temos um ano para apresentar um plano de equacionamento. Nesse período, nós vamos discutir todas as alternativas possíveis.

Faz ideia de quanto tempo vai durar o pagamento, alguma média?

Não tenho. Enquanto não tiver o fechamento é impossível dizer. Qualquer número é mera especulação. Não dá pra afirmar se vai ser em 10, 18 anos. A informação que a gente tem é que na Funcef, que também tem o déficit, a dívida será paga em 18 anos. Agora é um caso específico deles. Então, é necessário que a gente olhe o nosso e avalie.

 Participantes e Assistidos do PP1 comparecem no sindicato 

Sindipetro/MG