Por que temos que ocupar as ruas dia 18

No último domingo, dia 13, tivemos o movimento comandado pela direita brasileira. Pela primeira vez, reuniram-se neste dia: imprensa, parte do judiciário e Ministério Público, empresários, partidos de oposição e suas entidades de classe. O empresariado garantiu os recursos para bancar a mobilização. Os partidos de oposição fizeram convocações. Factoides foram criados por parte do judiciário e do Ministério Público para “manter a massa de classe média” no clima. A mídia amplificou e divulgou, dias e dias, esses factoides que ajudaram a levar mais gente às ruas.

Essa união – entre empresários + imprensa + classe média – sempre foi uma aliança que levou ao golpe no Brasil. Ninguém, em sã consciência, acredita que empresários e donos da mídia iam gastar o que estão gastando para “combater a corrupção”. Em tempos passados, o golpe saía mais barato, porque se tinha sempre as Forças Armadas para abreviar o tempo de mobilização, derrubando o governo eleito. Hoje, tem que enfiar a mão no bolso e ficar sempre “adulando” a classe média e rica, para ocupar as ruas quando eles derem o sinal na imprensa. E assim foi o dia 13. A classe média é usada como “bucha de canhão”. Após derrubar o governo, os empresários e os donos de mídia voltariam a ocupar o poder e a corrupção tornaria a ser esquecida.

Mas, se o combate a corrupção é só uma fachada, o que querem os donos da mídia e empresários? Querem tirar direitos conquistados pela classe trabalhadora. Isso é histórico. O passado nos mostra, como esses setores unidos, são contra a conceder direitos à massa operária. Cabe lembrar, que a imprensa está sempre falando no “custo Brasil”, que são os direitos trabalhistas. Vejamos como comportaram as entidades empresariais e a imprensa em algumas das principais conquistas dos trabalhadores brasileiros:

• Contra a criação da Petrobrás;
• Contra a criação do salário mínimo. Hoje são contra o reajuste real;
• Contra a CLT;
• Contra a criação dos sindicatos;
• Contra a criação do FGTS;
• Contra a criação do 13º salário;
• Contra as férias remuneradas de 30 dias;
• Contra a redução da carga do horário de trabalho;
• Contra o monopólio estatal do petróleo;
• A favor da privatização da Petrobrás;
• A favor da entrega do pré-sal;
• A favor de que qualquer acordo entre patrão e empregado que valha mais que a CLT. Com isso, podem deixar de pagar as garantias que hoje são obrigatórias;
• Contra o SUS, pois defendem a medicina privada;
• Querem o fim da data-base para negociação salarial.

Era isso que estava nas ruas no dia 13. Não se engane! Quem combate à corrupção somos nós. Eles querem voltar ao poder para tirar direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Por isso, vamos à luta neste dia 18 para manter os nossos direitos.

CONTAMOS COM A PARTICIPAÇÃO DA  CATEGORIA PETROLEIRA, APOSENTADOS E ATIVA.
TODOS NA PRAÇA AFONSO ARINOS, NESTA SEXTA-FEIRA, 18. CONCENTRAÇÃO: A PARTIR DAS 16H
SAÍDA DA MARCHA: 18H
CONTAMOS COM VOCÊ!

Sindipetro/MG