Democracia sim. Golpe não!

Dia 31 de março marca a data do golpe de Estado que culminou nos assombrosos anos da Ditadura Militar. Passaram 52 anos, e hoje, estamos diante de outra tentativa de golpe. Dessa vez, sem um dos atores de 1964, as Forças Armadas. Os demais, que defenderam o golpe, estão atuando freneticamente para tirar a presidente eleita, numa outra tentativa de acabar com a democracia.

Os que comandam o golpe são: imprensa; parte do judiciário e do Ministério Público; empresários; parte da classe média; partidos e parlamentares ligados à oposição, que estão envolvidos nas denúncias da Operação Lava Jato.
Essa parte da classe média aderiu ao golpe sob a justificativa do “combate à corrupção”. Portanto, muitos estão sendo enganados. Está claro que os que querem o golpe estão envolvidos até o pescoço em denúncias de corrupção. Dilma não foi citada em nenhuma delação premiada. Não existe nada contra ela. O golpe se resume a um bando de ladrões que querem afastar a única pessoa que está limpa.

O impeachment só é legal se o mandatário tiver cometido um crime de responsabilidade, conforme previsto na Constituição. Como não descobriram nenhum crime envolvendo a presidenta, o impeachment é um golpe contra às instituições democráticas. Pior! É um golpe comandado pelas forças da direita e envolvidas no crime de corrupção. É bom lembrar que Dilma não está envolvida nas investigações da Lava Jato, e que a escuta telefônica de que foi vítima é ilegal. O grampo foi feito e divulgado pelo juiz Sérgio Moro, só para a mídia criar um clima para o golpe. Estamos lutando contra uma grande armação, que além dos envolvidos no Brasil, tem tentáculos no exterior.

O GOLPE ECONÔMICO

Mas, o golpe não se resume à questão política, legal ou constitucional. Ele tem objetivos econômicos e, é por isso, que os empresários estão apoiando. Querem aplicar o golpe econômico no povo brasileiro. Vão mudar totalmente a política econômica. A intenção dos golpistas é implantar o neoliberalismo mais radical, destruindo nossas conquistas desses últimos anos.

Os programas partidários que o povo rejeitou nas urnas podem ser impostos à nação brasileira. No último boletim, listamos alguns projetos que estão na pauta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Efetivado o golpe, deverão ser votados para acabar com as conquistas antigas que vêm desde a criação da CLT.

Um dos grandes objetivos é entregar o pré-sal às multinacionais e privatizar a Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Conquistas, como o aumento real do salário mínimo, ProUni, entre outros programas sociais estarão com os dias contados, caso ocorra o golpe.

O objetivo dos golpistas não é, portanto, o afastamento “puro e simples” da presidenta, mas, sim, “enfiar goela abaixo” do povo brasileiro a agenda neoliberal. É uma agenda anti-povo, por isso, não ganham as eleições. Para assumirem o poder, só promovendo o golpe.

Os golpistas são pessoas e partidos que foram derrotados e querem o poder sem precisar passar pelo referendo das urnas. Será um grande retrocesso se o país voltar a viver sob o clima de um golpe de Estado. Portanto, vamos defender a democracia até o fim!

Sindipetro/MG