Bancários iniciam greve por tempo indeterminado em todo o País Bancários iniciam greve por tempo indeterminado em todo o País

Diversos, Notícias | 6 de setembro de 2016

Bancários de todo o País entraram em greve nesta terça-feira (6), depois de rejeitar a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As reivindicações da categoria incluem reajuste salarial, reposição inflacionária de 5%, antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do piso salarial, aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira.

Em Belo Horizonte, os trabalhadores se reuniram por volta de 12h em frente à agência da Caixa Econômica Federal na rua Carijos, no centro da cidade, onde realizaram um ato que marcou o início da paralisação por tempo indeterminado.

A proposta da Fenaban, rejeitada pela categoria, é de reajuste de 6,5% (para uma inflação de 9,57%) e abono de R$ 3 mil, que não incide sobre os salários, nem sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), as férias ou o décimo terceiro.

Principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real;

PLR: 3 salários mais R$8.317,90;

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Proposta dos bancos que foi rejeitada:

Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%);

Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários);

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.467,17;

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.104,55;

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa);

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97;

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41;

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21;

Auxílio-refeição – R$ 31,57;

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 523,48;

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 420,36;

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 359,61;

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício);

Gratificação de compensador de cheques – R$ 163,35;

Requalificação profissional – R$ 1.437,43;

Auxílio-funeral – R$ 964,50;.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 143.825,29;

Ajuda deslocamento noturno – R$ 100,67;

 

*Com informações da Contraf/CUT