Em defesa da classe trabalhadora, petroleiros da Regap, Termelétrica Aureliano Chaves e Transpetro fizeram vários atos ao longo desta sexta-feira (11), Dia Nacional de Greve convocado pelas centrais sindicais em todo o País.
Durante a madrugada, os trabalhadores de turno fizeram um corte de rendição de 8h. Dessa forma, os empregados que deveriam pegar serviço à meia-noite para render os demais, não entraram nas unidades da Petrobrás em Minas.
Já pela manhã e a tarde, os petroleiros fizeram atos de atraso de aproximadamente duas horas na porta da empresa. Eles protestam contra a retirada de direitos proposta pelo governo Michel Temer e também em defesa da Petrobrás, contra a privatização da estatal e a entrega do pré-sal às multinacionais.
Privatizar faz mal ao BRasil
A defesa do Pré-Sal e da Petrobrás são eixos de luta que também estarão presentes nas manifestações e paralisações dos petroleiros. Na última quarta-feira (9), o Conselho Deliberativo da FUP referendou estratégias discutidas no Seminário Nacional de Greve.
Um dos encaminhamentos é que em cada unidade do Sistema Petrobrás que for colocada à venda, a categoria responda com paralisação. Foi também definido que a campanha dos petroleiros resgatará o slogan “Privatizar faz mal ao BRasil”, que marcou a luta da FUP e de seus sindicatos contra a privatização da companhia no governo FHC.
Ato das centrais sindicais
Além das manifestações nas unidades da Petrobrás, petroleiros de vários estados do País participaram nesta sexta-feira (11) do Dia Nacional de Greve convocado pelas centrais sindicais em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Conforme indicativo da FUP (Federação Única dos Petroleiros) aprovado nas assembleias, a categoria vem intensificando as mobilizações neste mês de novembro, se contrapondo à gestão de Pedro Parente, que tem por foco privatizar a Petrobrás, reduzir efetivos, cortar direitos e arrochar salários.
Em Minas, os petroleiros saíram às ruas de Belo Horizonte juntamente com estudantes, professores, bancários, eletricitários, metalúrgicos e profissionais da saúde. Eles denunciam as medidas golpistas anunciadas pelo presidente Michel Temer, entre elas a PEC 55 (antiga PEC 241), que reduz os recursos destinados à saúde e educação nos próximos 20 anos.
Além disso, os trabalhadores e estudantes também são contra as propostas de reforma trabalhista e previdenciária, as privatizações das estatais, a entrega do pré-sal às multinacionais, a reforma do Ensino Médio e o programa Escola Sem Partido.
Após o protesto, os manifestantes seguiram para a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) onde uma audiência pública debateu a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e sua influência nos direitos humanos dos trabalhadores brasileiros.
Fonte: Sindipetro/MG com informações da FUP