Após redução de efetivo, RLam registra acidente com queimadura Após redução de efetivo, RLam registra acidente com queimadura

Notícias, Tribuna Livre | 22 de junho de 2017

21_acidente-rlamApós diversas denúncias do Sindipetro Bahia sobre as consequências da arbitrária e unilateral redução do efetivo mínimo na RLam, aconteceu o previsto: o primeiro acidente.

O fato ocorreu na madrugada de quinta-feira (22) quando, ao soprar com vapor o circuito da bomba J603 (elétrica), que tem sucção comum com as bombas J603 (turbina) e J605 (elétrica), um operador que passava perto dos equipamentos foi atingido por um jato de vapor com condensado quente.

Ele foi atingido nos membros superiores e sofreu queimaduras de primeiro grau, sendo socorrido e internado no CMH (antiga UME). O operador está em estado de observação, mas muito abalado.

Ele estava envolvido nas manobras juntamente com mais dois colegas, também com pouca experiência. Segundo o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, caso a manobra tivesse envolvido mais gente com experiência, o acidente poderia ter sido evitado. “Já são as consequências dessa infeliz e arbitrária política de redução de efetivo mínimo na refinaria”, afirma Deyvid.

Segundo ele, os operadores relataram que o processo de partida da U-6 sempre foi feito com um efetivo maior e com pessoas experientes conduzindo as manobras. Mas, como reduziram o efetivo também na partida e, para diminuir as horas extras, colocaram pessoas novas sem acompanhamento dos mais experientes (que tinham um número maior de horas extras).

Conforme denúncia feita ao sindicato, a previsão de efetivo na noite do acidente seria de aproximadamente metade do efetivo total da unidade (que é de 44). Ou seja, seriam aproximadamente 22 trabalhadores, mas no momento do acidente, só havia nove. Os demais não estavam trabalhando por limitação na realização de horas extras disponibilizadas por pessoa (80 horas) na parada/pessoa.

A direção do Sindipetro Bahia vem denunciando a redução do efetivo mínimo na Refinaria, que viola a Clausula 91ª do ACT 2015/2017 e causa graves consequências ao ambiente de trabalho nas unidades, deixando os trabalhadores inseguros e expostos a acidentes e doenças ocupacionais pela sobrecarga de trabalho. Este lamentável acidente é a prova do que tem denunciado a direção do sindicato.