Petroleiros de todas as refinarias do Brasil entram em greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de junho, data que coincide com a greve geral da classe trabalhadora contra o governo Temer e as reformas trabalhista e previdenciária.
O movimento da categoria petroleira foi aprovado quase que por unanimidade em assembleias realizadas entre os dias 13 e 16 de junho e denuncia a redução do número mínimo de trabalhadores nas equipes de operação das refinarias da Petrobrás em todo o País.
A paralisação será reavaliada diariamente e, nesta quarta-feira (28), o Sindipetro/MG realizará em sua sede, a partir de 17h, um seminário para debater estratégias de greve e de mobilização para combater o desmonte na Petrobrás.
A medida teve início nesse mês de junho e já aconteceu na RNest, em Recife (PE); na Replan, em Paulínea (SP); na Reduc, em Duque de Caxias (RJ); na RLam, em São Francisco do Conde (BA); na Reman, em Manaus (AM), na SIX, em São Mateus do Sul (PR); e na Refap, em Canoas (RS).
Conselho Deliberativo
Além da greve por tempo indeterminado, o Conselho Deliberativo da FUP decidiu na última quinta-feira (22) entrar com dissídio coletivo junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) por descumprimento da cláusula 91 do ACT e denunciar a Petrobrás à OIT (Organização Internacional do Trabalho) por descumprimento da Convenção 174.
Os dirigentes sindicais também vão denunciar Pedro Parente ao Conselho de Administração da Petrobrás por conflito de interesses, o que o desqualifica para o cargo de presidente da empresa conforme o Plano Petrobrás de Combate à Corrupção.
Também será apresentado um pedido à ComCer (Comissão de Certificação) para que sejam cancelados todos os SPIE (Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos) das refinarias em razão da redução drástica do efetivo.
Foi definido ainda que a FUP irá solicitar uma reunião junto à ANP (Agência Nacional de Petróleo) para denunciar os riscos de acidentes nas refinarias com a redução das equipes de operação.
Greve geral
Na sexta-feira (30), além dos petroleiros da Regap, os trabalhadores da Termelétrica Aureliano Chaves e da Transpetro também farão greve. A paralisação de 24 horas convocada pelas centrais sindicais será contra o governo Temer e as reformas trabalhista e previdenciária e foi aprovada em assembleias.