No rastro da Eletrobras, próxima privatização será da Petrobrás, se não reagirmos No rastro da Eletrobras, próxima privatização será da Petrobrás, se não reagirmos

Diversos, Notícias, De que lado você está?, Tribuna Livre | 23 de agosto de 2017

charge-temerO anúncio da privatização da Eletrobras, além de crime de lesa-pátria, é um imoral arranjo do governo Temer para reduzir o rombo bilionário que impôs ao Estado brasileiro na tentativa de se sustentar ilegitimamente no poder. A mídia saudou a notícia com estardalhaço, fazendo coro à euforia do mercado financeiro. A Bolsa de Valores disparou e atingiu o maior índice dos últimos anos. Os setores que apoiaram o golpe comemoram e cobram a conta completa: querem a Petrobrás, os Correios, os bancos públicos nas mãos do mercado.

Privatizar a maior empresa de energia da América Latina é entregar ao mercado internacional a soberania energética do país, na contramão do que fazem as grandes nações. A receita é a mesma que vem sendo aplicada no Sistema Petrobrás. Assim como a estatal de petróleo brasileira, a Eletrobras já vem passando por um processo intenso de desmonte, com a venda em pedaços da companhia, concessão de usinas hidrelétricas, desinvestimentos e planos de incentivo à saída dos trabalhadores.

Também como já estão fazendo com a Petrobrás, o objetivo é quebrar a integração do sistema e entregar às multinacionais o controle da logística do setor elétrico. Essas empresas receberão pronto, sem custo algum, toda a estrutura construída ao longo de décadas de investimentos por parte do Estado.

Um patrimônio público, de um setor fundamentalmente estratégico, que será apropriado a preços vil pelos mesmos grupos econômicos que já conseguiram tirar da Petrobrás o protagonismo na exploração e operação do pré-sal e estão prestes a se apossarem de toda a infraestrutura da petrolífera brasileira, se não reagirmos enquanto ainda temos chances.

Só a resistência da classe trabalhadora e dos setores organizados da sociedade será capaz de defender o Estado desse desmonte que o golpe impôs ao povo. O que está em xeque é a soberania nacional, o futuro das próximas gerações de brasileiros. Temos o dever de impedir os crimes de lesa-pátria do desgoverno Temer.

Fonte: FUP