O Sindipetro/MG cobrou da gerência da Regap uma resposta sobre a não notificação do acidente registrado no dia 15 de agosto na unidade de hidrotratamento U-110. Segundo relatos de operadores, o vazamento de diesel contaminado não foi repassado à diretoria da Petrobrás, no Rio de Janeiro, já que o mesmo não havia sido registrado no “pássaro madrugador” até a tarde do dia 22.
Em resposta, a gerência admitiu a falha e confirmou que, após o vazamento, acionou a OCE, mas não atualizou o “pássaro madrugador” . No entanto, garantiu que a ANP foi comunicada no dia seguinte ao fato, ou seja, ainda dentro do prazo. A gerência informou ainda que já solicitou à Coordenação de Turno (Cotur) a atualização do quadro da unidade, que até quinta-feira (24) continuava parada.
O Sindipetro/MG reforça que a subnotificação de acidentes é uma forma de mascarar a insegurança dentro das unidades da Petrobrás, especialmente agora em que o risco e a ocorrência de acidentes estão cada vez maior em razão do PIDV e da redução do número mínimo nas refinarias.
Refino à beira de um desastre
Nas últimas semanas também foram registrados acidentes na Reduc, RPBC e Repar. Em Duque de Caxias, somente no mês de agosto, foram contabilizados cinco acidentes, sendo dois incêndios provocados por vazamento de gasolina e outro por queima do gerador que alimentava a U-1630 e a Telemetria do TE/ML. Não houveram feridos porque o fogo foi rapidamente contido pela Brigada.
Já na RPBC, um vazamento de GLP em uma válvula localizada no setor de destilação da unidade mobilizou as equipes de emergência na segunda-feira (21).
E na Repar, uma manobra em um dos equipamen25tos da HRC (Hidrotratamento e Reforma Catalítica) interrompeu a produção de diesel, gasolina e querosene de aviação, paralisando várias unidades.
Em todos os casos, a falta de efetivo, seja pela redução do número mínimo ou pelo PIDV, tem sido apontada pelos sindicatos e pela FUP como uma das causas principais do aumento de acidentes.