Trabalhador da Perbrás tem 73% do corpo queimado durante acidente em campo da Petrobrás na Bahia Trabalhador da Perbrás tem 73% do corpo queimado durante acidente em campo da Petrobrás na Bahia

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 28 de setembro de 2017

perbrasUm princípio de incêndio por volta das 19h30 de segunda-feira (25) provocou queimaduras de 2º grau em dois trabalhadores. O incêndio ocorreu na sonda SPT-30 da Perbrás, que estava realizando uma intervenção no poço FBE-50, localizado na área operacional de Araças, campo de Boa Esperança.

O torrista Alisson Silva, de 23 anos, teve 73% do corpo queimado e o mecânico, Aldair Rabelo, de 40 anos, sofreu queimaduras em 9% do corpo. Ambos foram levados na ambulância da Petrobrás para o Hospital das Clinicas de Alagoinhas (HCA), enquanto a Brigada de Emergência da empresa atuava para combater e debelar o incêndio.

Devido à gravidade, Alisson foi transferido para o Hospital São Rafael, em Salvador. Já Aldair continua internado no HCA. Os dois trabalhadores são moradores da cidade de Catu, distante 78 km de Salvador.

A direção da Perbrás colocou um médico e um assistente social da empresa para acompanhar os trabalhadores nos hospitais. Além de dar ao sindicato, o acesso às informações.

A Construção de Poços Terrestres (CPT) já lançou a Documento Interno Petrobrás (DIP) dando um prazo de 15 dias para que uma comissão identifique, analise e emita um relatório sobre as circunstâncias envolvendo o acidente. O Sindipetro fará parte desta comissão.

O diretor do Sindicato, Radiovaldo Costa, que foi ao HCA solicitar informações sobre o estado de saúde dos trabalhadores, classificou o acidente como gravíssimo, questionou o sistema de segurança da Petrobrás, ressaltando “a importância de a investigação apontar mudanças estruturais em todas as sondas terrestres que prestam serviço para a Petrobrás para evitar acidentes como esse, e que a responsabilidade não seja jogada no trabalhador, como é costume fazer”.

Na tarde da terça-feira (26), Radiovaldo foi ao local do acidente, e enfrentou dificuldades para conseguir EPI (capacete, óculos, etc). As primeiras informações colhidas apontam que houve um acúmulo de gás durante a operação da sonda e uma fonte de ignição ainda desconhecida, provocou um incêndio sem explosão atingindo os dois trabalhadores. A sonda vai ficar parada até que a comissão analise as instalações.

Fonte: Sindipetro-BA