Caravana de Lula chega ao Rio destacando importância da Petrobrás para geração de empregos Caravana de Lula chega ao Rio destacando importância da Petrobrás para geração de empregos

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 7 de dezembro de 2017

z-lula-campos_ricardo-stuckertEm ato público que reuniu cerca de três mil pessoas, nesta noite, em Campos dos Goytacazes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a etapa fluminense da sua caravana iniciada ontem no estado do Espírito Santo. Em seu discurso, na Praça do Liceu, quadrilátero histórico da cidade, Lula destacou o papel estratégico do setor petróleo para a geração de empregos e a necessidade de retomar investimentos em educação.

O ex-presidente lembrou que foi um Presidente da República campista, Nilo Peçanha, que em 1909 fundou a Escola de Aprendizes Artífices, que deu origem às escolas técnicas federais, e que entre Nilo e os presidentes que antecederam a Lula, por quase cem anos, foram feitas cerca de 140 escolas. “Depois, em 12 anos, eu fiz 500 escolas técnicas”, disse o petista.

“Não quero tirar o filho de ninguém da universidade, a única coisa que eu quero é que as pessoas mais humildes tenham a oportunidade de estudar”, afirmou.

Sobre a Petrobrás, Lula combateu a ameaça de privatização da companhia e afirmou que é necessário que a empresa volte a ter um papel social. “A Petrobrás não é apenas uma empresa de petróleo, é uma empresa que tem o compromisso com o desenvolvimento do País”, afirmou, destacando ainda que este também deve ser o caráter de outras empresas estatais e dos bancos públicos.

“Se eles não sabem como fazer, eu sei, é só colocar o povo na economia”, defendeu o ex-presidente, afirmando que para isso é que servem o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES.

Lava Jato

O ex-presidente não se furtou em falar em temas espinhosos, como a Operação Lava Jato, que foi lembrada em dois momentos: um quando Lula defendeu que “quem roubou tem que ser preso, mas não pode quebrar as empresas”, e em outro quando desafiou o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal a “apresentarem uma única prova” contra ele.

Pré-candidato à Presidência da República, Lula demonstrou que pretende fazer uma campanha mais dura do que as duas que realizou nas vezes em que se elegeu para a chefia do Poder Executivo, citando um enfrentamento direto às organizações Globo, ao manifestar desejo de “enfrentar um candidato como o logotipo do plim plim”, e de “democratizar a comunicação”.

“Que se preparem, porque estou me preparando. Muita coisa vai mudar nesse País”, disse o ex-presidente, dando como exemplo o chamamento de um Referendo Revogatório das reformas trabalhistas e de outras do período de Michel Temer na Presidência.

“Quero ter uma conversa muito séria com vocês, porque esse País vive a maior crise da sua história, governado por um golpista que rasgou 54 milhões de títulos de eleitores, que só é aceito pelo mercado para entregar o Brasil”, foi uma das suas primeiras afirmações aos militantes presentes ao ato público, que de alguma maneira se conecta com uma das suas últimas frases durante o discurso: “A esperança vai vencer a mentira”.

O coordenador geral da FUP e também diretor do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, que discursou antes de Lula, entregou ao ex-presidente uma réplica de uma plataforma de petróleo feita com sucatas eletrônicas pelo artista plástico Ricardo Salgado.