SEM TEMER POR 2018! SEM TEMER POR 2018!

Opinião | 10 de janeiro de 2018

Quando começamos 2017 ainda sentíamos a dor de um golpe muito recente. Hoje, já em 2018, apesar dos hematomas e das perdas, seguimos vivos e resistindo!
Se dá pra concluir alguma coisa com esse ano de 2017 é que não se pode duvidar da capacidade da classe trabalhadora de resistir. Mesmo diante de uma conjuntura tão desfavorável, vemos um governo golpista com dificuldades para consolidar sua cartilha de agrados ao grande capital.
Apesar de golpes pesados, como o congelamento de gastos sociais, a Reforma Trabalhista e a intensa lista de entregas do patrimônio público, a classe trabalhadora brasileira deve se orgulhar de como conseguiu enfrentar uma das principais bandeiras do governo Temer: a Reforma da Previdência.
Embora não esteja enterrada, o que ainda exigirá muita luta em 2018, a Reforma unificou e oxigenou o movimento sindical brasileiro. Em abril, trabalhadores de todo o País construíram a maior greve geral da história do Brasil, mostrando ao governo Temer – e até a nós mesmos – que, unidos, somos MUITO fortes.
Especificamente para nós, petroleiras e petroleiros de Minas, 2017 se mostrava ainda mais desafiador. Entretanto, mesmo após uma eleição sindical que expôs certa divisão na categoria, os trabalhadores não se furtaram de seguir os chamados do sindicato para se mobilizar contra os ataques de Temer/Parente. Aliás, a categoria entendeu o esforço da nova diretoria na busca pela participação mais ativa da base na construção de decisões e ações promovidas pelo sindicato.
A categoria de Minas vem se consolidando, portanto, como uma das mais fortes e mobilizadas bases do País. Mostrou forte senso de solidariedade de classe para enfrentar a redução de efetivo no refino, além de se mostrar sempre disposta a lutar pela manutenção dos nossos direitos e empregos. Mesmo após conquistarmos uma vitoriosa proposta para nosso ACT, as trabalhadoras e trabalhadores mostraram disposição para tentar avançar ainda mais na negociação, mesmo com poucas chances.
O ano de 2018, no entanto, exigirá ainda mais dessa aguerrida categoria. O plano de privatizações na Petrobrás deve se intensificar, com foco nas grandes bases petroleiras, como o refino. Além disso, será necessário que petroleiras e petroleiros não somente pensem e construam uma candidatura que esteja do nosso lado nas eleições, mas que também lutem para garantir que possamos decidir democraticamente sobre nosso futuro. A tentativa de impedir Lula de se candidatar por meio de uma perseguição político-jurídica, assim como as intenções de emplacar o parlamentarismo às vésperas das eleições, são movimentações claras contra a possibilidade desse País voltar a ter um governo democrático-popular.
O ano de 2017 nos provou, portanto, que – com organização e unidade – somos capazes de lutar sem temer. Esperamos que, em 2018, sejam eles que tenham motivos para nos temer!