Acordo Coletivo é assinado, mas luta dos petroleiros continua Acordo Coletivo é assinado, mas luta dos petroleiros continua

Diversos, Notícias, De que lado você está?, Tribuna Livre | 19 de janeiro de 2018

gt_plrEm um cenário de graves ataques ao povo brasileiro, com os direitos dos trabalhadores sendo destruídos pelo interesse dos grandes empresários, os petroleiros garantiram a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por dois anos.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos assinaram o ACT 2017/2019, no dia 5 de janeiro, no Edifício Sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. E o reajuste, retroativo a setembro de 2017, já foi pago aos empregados dessas bases no dia 12 de janeiro.

Já os outros cinco sindicatos devem assinar o Acordo nos próximos dias, tendo em vista que as assembleias que aprovaram a proposta da empresa em suas bases foram encerradas no dia 16.

Na contramão do que vem ocorrendo em com outras categorias, e mesmo com a contrarreforma trabalhista instaurada no Brasil, a categoria barrou a retirada de direitos na Petrobrás e subsidiárias, inclusive na Araucária Nitrogenados e TBG, onde os trabalhadores já enfrentam o processo de privatização.

Mesmo com acordo assinado, a luta da categoria contra a privatização da empresa continua. Ainda durante as assembleias de aprovação do acordo, as bases da FUP também aprovaram o estado de greve e assembleia permanente contra a venda de qualquer unidade da Petrobrás.

Grupos de Trabalho

Como definido durante a campanha salarial, alguns pontos do ACT serão discutidos com a Petrobrás em grupos de trabalho (GT’s) paritários. No caso do Benefício Farmácia, o GT conta com a participação do coordenador do Sindipetro/MG e diretor suplente da FUP, Anselmo Braga.

As discussões tiveram início nesta semana com uma reunião na última quarta-feira (17) no Rio de Janeiro. Uma nova reunião deve ocorrer nesta sexta-feira (19) com o objetivo de buscar melhorias no funcionamento, custeio e cobrança do benefício.

Também o debate sobre novos indicadores da metodologia para definição e pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) no Sistema Petrobrás foi feito nos dias 15 e 18 de janeiro.

Nas reuniões, a empresa manifestou interesse em alterar alguns indicadores, porém nenhum apresentado até o momento é de interesse do trabalhador. Vale lembrar que o acordo da PLR é válido até 2019, portanto qualquer alteração só será aceita se for de interesse do petroleiro.