EDITORIAL – 8 de março: Dia Internacional da Mulher EDITORIAL – 8 de março: Dia Internacional da Mulher

Opinião | 2 de março de 2018

mulherpetroleiraO Dia Internacional da Mulher tem mais a ver com todas nós, trabalhadoras, e com os sindicatos do que muitos podem imaginar. A data surgiu em 1911, em homenagem às mais de 100 operárias que foram assassinadas em um incêndio criminoso na fábrica têxtil onde trabalhavam, em Nova York, nos Estados Unidos, no ano de 1857. Elas lutavam pela redução de jornada de trabalho e pelo direito à licença-maternidade.

Mas esse foi apenas um marco da luta das mulheres ao longo da história. O direito ao voto, que no Brasil foi conquistado há menos de 100 anos; o direito ao divórcio; o direito a frequentar a escola e trabalhar fora e a Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica contra as mulheres, são algumas das muitas batalhas travadas por nós.

E muitas outras enfrentamos diariamente, como: a luta pela igualdade de direitos e de salários no mercado de trabalho; pelo direito à liberdade sexual; pelo direito de escolha entre se casar ou não, ter filhos ou não, ser dona de casa ou não; a batalha constante contra o assédio moral e sexual.

E tudo isso enfrentamos sem deixar de lado as duplas, triplas e até quádruplas jornadas que assumimos, muito em razão do machismo enraizado em nossa sociedade.

Infelizmente, na maioria das famílias, ainda é papel da mulher – e somente dela – a criação dos filhos e os cuidados com a casa. Nada disso é suficiente para nos parar: estamos nas universidades, no mercado de trabalho, na política, constantemente lutando por melhores oportunidades.

Somos mais de 50% da população, mas esta estatística não é suficiente para impedir a contradição que encaramos em uma sociedade onde ainda somos sub-representadas em todas as esferas de poder. Seja nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas, na Câmara dos Deputados, no Senado e até mesmo nas associações de trabalhadores, nos sindicatos e entidades representativas de variadas categorias.

Frente a tantos desafios que ainda nos esperam, a nossa melhor arma é a união. Somente com parceria, garra, boas ideias e força de vontade vamos garantir que os nossos direitos sejam respeitados. Todas juntas, em torno de um mesmo propósito: assim, ninguém pode calar a nossa voz!

Mulheres integrantes do Sindipetro/MG