O Brasil tem hoje 51,4% de mulheres, uma realidade que não se reflete no cenário político e no mundo do trabalho. Apesar de ter crescido nos últimos anos, a representatividade feminina nesses espaços ainda é bastante pequena.
Na Petrobrás, as mulheres representam 16,2% do total de funcionários. Já na Regap são 112 mulheres, que representam um percentual ainda menor: 14,9% do total de trabalhadores. Outras unidades da empresa no Estado também refletem a pouca participação feminina.
Na Federação Única dos Petroleiros (FUP), a diretoria atual conta com a participação de oito mulheres, respeitando uma diretriz estatutária que prevê um percentual de representação feminina correspondente ao número de trabalhadoras na Petrobrás.
Já no Sindipetro/MG, a atual diretoria conta com quatro mulheres, sendo a maior participação feminina na história do Sindicato. Apesar de não ter nenhuma definição estatutária, hoje a direção já tem maior representativade feminina do que a categoria.
E, tanto a FUP quanto o Sindipetro/MG têm trabalhado para aumentar a participação delas na organização dos trabalhadores, buscando até mesmo superar o percentual de trabalhadoras da empresa.
Na política, o cenário é ainda pior: 9,9% das cadeiras do Congresso Nacional são ocupadas por mulheres. Esse número coloca o Brasil em 154º lugar no ranking mundial da participação das mulheres nos parlamentos, em um total de 193 países.
A baixa representatividade feminina onde são criadas leis para toda a população mostra como é necessário repensar a estrutura política no País e incluir a perspectiva de gênero na gestão pública.
Soluções
Apesar da pequena participação feminina nos espaços políticos, algumas iniciativas estão sendo colocadas em prática para reduzir a desigualdade de gênero. Na FUP, por exemplo, o Coletivo de Mulheres conquistou a cota mínima de mulheres na direção da Federação, que é proporcional ao percentual de mulheres na Petrobrás.
Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aprovou a paridade de gênero em sua direção em 2012. Ou seja, a diretoria da Central deve ter 50% de mulheres obrigatoriamente.
Preconceito e assédio devem ser denunciados
A baixa representatividade feminina nos ambientes de trabalho e na política reflete em preconceitos ainda comuns na sociedade. A ideia de que uma mulher não possa ou não seja capaz de realizar uma tarefa dita “masculina” ou que é muito emocional para tomar decisões que exijam racionalidade ainda persistem no imaginário social.
Na Petrobrás, esse tipo de pensamento ainda é muito comum. Além disso, ainda são recorrentes os casos de assédio moral e sexual contra mulheres.
Na luta pela igualdade entre os gêneros, o direito da mulher e o respeito à diversidade são muito importantes.
Por isso, o Sindipetro/MG se coloca à disposição de todas as trabalhadoras que queiram denunciar situações de abuso ou preconceito ou mesmo criar iniciativas de defesa do direito das mulheres.
Para entrar em contato, basta enviar um e-mail para [email protected]. A identidade das trabalhadoras serão preservadas.