Com Lula preso, o que fazer? Com Lula preso, o que fazer?

Opinião | 20 de abril de 2018

Sem dúvida, a prisão de Lula marcou a história da nossa jovem e tão maltratada democracia. Para aqueles que comemoraram, contidos, paira uma dúvida: para onde vai este País? Para aqueles que, como nós, lamentaram e choraram diante de uma injustiça contra o ex-presidente, resta uma pergunta angustiante: e agora, o que fazer?

Completados dois anos de intensa luta e resistência diante de um golpe, é natural que pensemos nas eleições de 2018 como uma oportunidade de estancar essa sangria. Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB) têm se despontado como candidaturas alinhadas aos interesses dos trabalhadores. Mas, se perseguiram e prenderam Lula, favorito em todos os cenários eleitorais e principal liderança 20popular do Brasil, quais seriam as chances desses tais “planos b”?

Não podemos ter ilusões. Não dá para tratar as eleições como se nada tivesse acontecendo, como se houvesse uma fórmula mágica ou um atalho brilhante para sair dessa situação – como se, por acaso, não vivêssemos num golpe.

Não há possibilidade de restabelecermos nossa democracia enquanto o favorito disparado às eleições presidenciais do País se encontra injustamente no cárcere. É dever de todos nós, inclusive daqueles candidatos que se dizem progressistas e democratas, nos levantarmos contra a prisão de Lula. O momento é de mantermos acesa a chama da indignação contra as consequências de um golpe que veio para assolar nossa democracia, nossos direitos e nossa autonomia.

Sigamos a ocupar ruas, avenidas, praças, fazendas, fábricas e até o tão famoso triplex. Sigamos denunciando ao povo o que a mídia não se interessa em mostrar: Lula é um preso político!