Petroleiros de Minas suspendem greve após queda de Pedro Parente Petroleiros de Minas suspendem greve após queda de Pedro Parente

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 1 de junho de 2018

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Após a notícia do pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobrás, a categoria petroleira de Minas Gerais votou pela interrupção da greve ma Refinaria Gabriel Passos (Regap) e Termelétrica Aureliano Chaves em assembleia na manhã desta sexta-feira (1º).

A greve de advertência de 72 horas, iniciada em todo o Brasil na última quarta-feira (30), tinha como pauta a mudança da política de preços da Petrobrás,a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha e a saída do presidente da estatal, Pedro Parente.

Antes mesmo de começar, a paralisação dos petroleiros foi considerada ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que aplicou uma multa abusiva para os sindicatos no valor de R$ 500 mil ao dia. Na última quarta-feira (30), a multa já havia sido ampliada para R$ 2 milhões – em uma clara tentativa de impedir a denúncia da categoria de que os preços dos combustíveis no Brasil é reflexo de uma política do governo federal.

34107142_1889088047808324_6258124055895867392_nDiante desse cenário e também das cartas de intimação enviadas pela Petrobrás à casa dos trabalhadores, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou a suspensão da greve. No entanto, a categoria mineira votou pela continuidade do movimento.

Na manhã desta sexta-feira, a categoria realizou um grande ato juntamente com os professores, eletricitários, metroviários, e representantes de movimentos sociais como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Levante Popular da Juventude.

Juntamente com o ato, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou uma audiência pública sobre a denúncia realizada pelos petroleiros e aprovaram requerimentos exigindo a retirada da multa aplicada sobre o sindicato, a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobrás, o fim da atual política de preços dos combustíveis e gás de cozinha, entre outros.

34176298_1889094157807713_5102150178161295360_nParticiparam da audiência os deputados estaduais Marília Campos (PT), Rogério Correia (PT), Cristiano Silveira (PT) e Doutor Jean Freire (PT). Também acompanharam o ato os deputados federais Jô Moraes (PC do B) e Reginaldo Lopes (PT), o vereador de Belo Horizonte, Gilson Reis (PC do B) e o ex-prefeito de Contagem e ex-deputado, Carlin Moura (PC do B).

A greve dos petroleiros de Minas se iniciou às 23 horas do dia 29 de maio e foi encerrada por volta de 12 horas desta sexta-feira (1°). Segundo o coordenador geral do Sindipetro/MG, Anselmo Braga, a categoria petroleira sai de mais essa greve vitoriosa.

“Nosso movimento sai fortalecido dessa greve porque não só conseguimos a demissão do Pedro Parente como também conseguimos levar para toda a sociedade essa denúncia que já vínhamos fazendo desde 2016 sobre os impactos da privatização da Petrobrás. E um dos maiores impactos é justamente a atual política de preços que só beneficia os importadores de combustível e as multinacionais do petróleo que estão entrando no mercado brasileiro e prejudica a população”.