Petroleiros da Regap e da Termelétrica Aureliano Chaves aprovaram na manhã desta segunda-feira (18) o fim das interinidades nas unidades da Petrobrás. Dessa forma, todos os interinos entregarão seus “cargos” e os possíveis substitutos não devem assumir tal “função”.
A medida é uma forma de resposta da categoria à postura injusta e arbitrária adotada pela direção da Petrobrás durante a greve de advertência dos petroleiros. Só em Minas, pelo menos 15 trabalhadores foram punidos com suspensão ou advertência devido ao fato de participarem da paralisação – aprovada em assembleias e devidamente comunicada à gerência da Regap, conforme previsto na Lei de Greve.
Além de uma resposta à direção da empresa, a aprovação do fim das interinidades é também uma forma de preparação para a greve geral dos petroleiros contra a privatização e o desmonte da empresa – que já está sendo construída pela categoria em todo o País.
Ato contra privatizações
Juntamente com a votação que decidiu pelo fim das interinidades, a categoria realizou na manhã desta segunda-feira – Dia Nacional de Luta em Defesa da Petrobrás – um atraso em protesto contra a privatização da Petrobrás.
Também ocorreram atos nas unidades da empresa em todo o País. A data foi marcada porque termina nesta segunda o prazo final para a seleção das empresas que se inscreveram como interessadas na compra das refinarias anunciadas pela Petrobrás.
No final de abril deste ano, a direção da Petrobrás colocou a venda quatro refinarias – RLAM e Abreu e Lima (juntamente com 770 km de oleodutos e cinco terminais) no Nordeste, e a Refap e Repar no Sul (incluindo 736 km de oleodutos e sete terminais).