PCR: Não caia nessa armadilha! PCR: Não caia nessa armadilha!

Opinião | 20 de julho de 2018

Desde o conturbado e polêmico lançamento do novo Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da Petrobrás, temos percebido que a categoria está com os dois pés atrás sobre essa novidade. São inúmeras as dúvidas e preocupações sobre as reais intenções do PCR, assim como os possíveis impactos negativos para a categoria.

Para grande parte dos trabalhadores, entretanto, uma coisa parece clara: não trocar o certo pelo duvidoso. Se a direção da Petrobrás imaginou que poderia empurrar “goela abaixo” um “cheque em branco” a ser assinado pelos petroleiros, deram com os “burros n’água”. Nem um apetitoso abono oferecido aos trabalhadores foi capaz de convencer a categoria.

O Sindicato não tem dúvidas de que esse PCR é uma cilada. Desde sua concepção, sem qualquer participação dos trabalhadores e de suas entidades sindicais, o novo plano busca promover uma série de mudanças estruturais nas relações de trabalho dos petroleiros. Filho da Reforma Trabalhista, o PCR quer consolidar a flexibilidade e a negociação individual como novos e perigosos paradigmas para nossos cargos e salários.

Não custa lembrar que o PCR está diretamente associado ao processo de privatização da Petrobrás, já que facilitaria a mobilidade de empregados de seus cargos e locais de trabalho de origem em situações de vendas e fechamentos de unidades. Além disso, o PCR representa um ataque claro a uma grande enorme conquista dessa categoria, pois decreta o fim da progressão de níveis aos 18 e 24 meses.

Motivos não faltam, portanto, para que as petroleiras e petroleiros se neguem a cair nessa cilada. Gerências tentam forçar a barra, apresentando números de uma minoria de trabalhadores que já teriam aderido ao plano, mas não podemos nos deixar constranger por isso. Nao migrar para o PCR faz parte da nossa luta e resistência contra a privatização da Petrobrás e a destruição de nossos direitos.