EDITORIAL – Com tanta coisa em jogo, nós temos que ter lado! EDITORIAL – Com tanta coisa em jogo, nós temos que ter lado!

Opinião | 5 de outubro de 2018

A nossa vida não começa nem termina nas eleições. Não foram e nem serão as eleições, por si só, que definirão nossos destinos, mas sim a luta que sempre fizemos para garantir as conquistas do nosso povo. As eleições de 2018, entretanto, têm demonstrado que muito mais que um simples voto pode estar em jogo.

Não estamos falando, somente, de uma competição para definir quem serão os vencedores entre os candidatos A, B ou C. Trata-se, acima de tudo, de uma disputa entre projetos para definir quem serão os perdedores nos próximos quatro anos. Nessa aposta, para além de nossos empregos, direitos e soberania, a nossa tão machucada democracia também está em jogo.

Após quatro derrotas seguidas em eleições, nossas elites parecem ter desistido de tentar o jogo democrático e resolveram apelar para golpes baixos. Mesmo após ter feito de tudo para derrubar um governo legítimo, criminalizar um partido e prender a maior liderança popular da nossa história, o projeto anti-povo tem dificuldades de se firmar nas eleições por meio de seus “50 Tons de Temer”. O ódio disseminado ao PT e a tudo o que ele representa, no entanto, promoveu a ascensão do que há de mais repugnante e antidemocrático na nossa política.

Independente do resultado das eleições, não há previsão de paz para a classe trabalhadora. Entretanto, nessas eleições, temos que tomar lado e lutar para tentar frear o crescimento desse projeto autoritário, privatista e destruidor de direitos. Afinal, o que eles chamam de polarização nós conhecemos há muito tempo por outro nome: luta de classes.