FUP cobra investigação da Petros sobre ganhos ilícitos de “guru” de Bolsonaro FUP cobra investigação da Petros sobre ganhos ilícitos de “guru” de Bolsonaro

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 30 de outubro de 2018

O Ministério Público Federal (MPF) está investigando o principal mentor e articulador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), o economista Paulo Guedes. Ele é suspeito de gestão fraudulenta envolvendo investimentos geridos com recursos aportados por fundos de pensão, entre eles a Petros. Guedes, que é cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo Bolsonaro, também é acusado de emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantia.

Além disso, o MPF apontou que um dos fundos de investimentos de Guedes ganhou R$ 85,7 milhões só com taxas de administração aplicadas sobre o capital subscrito, em vez do capital investido. Corrigido pela taxa Selic, esse valor chega a R$ 152 milhões.

Ainda segundo as investigações, um dos fundos de Paulo Guedes, o FIP Brasil de Governança Participativa, utilizou recursos dos fundos de pensão para investir mais de R$ 112,5 milhões no grupo Enesa, que atua na área de infraestrutura. Após esse aporte, a empresa distribuiu R$ 77,3 milhões em lucros para os acionistas, sendo que o total de lucros obtido foi de R$ 45 milhões.

A FUP, por meio de seus conselheiros eleitos na Petros, Paulo César Martin e Norton Almeida, solicitou que a Fundação instale uma comissão interna de apuração para investigar se houve irregularidades nos investimentos intermediados por Paulo Guedes.

“A Petros precisa esclarecer se a avaliação e aprovação desses investimentos foram feitas corretamente, de acordo com as normas internas da Fundação e conforme prevê a legislação do setor”, informam Paulo César e Norton, explicando que todos os investimentos devem levar conta análises de risco, análise jurídica e financeira.

Previc dispensa auditor que subsidiou investigações

Na última quinta-feira (25), o MPF intimou o diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Fábio Henrique de Souza Coelho, a explicar os motivos que levaram à dispensa do auditor Marcelo Freitas Toledo de Melo da Coordenação-Geral de Monitoramento. O auditor chefiava a equipe responsável por subsidiar a força-tarefa da operação que investiga as irregularidades nos investimentos dos fundos de pensão. Ele foi dispensado duas semanas após o MPT abrir o inquérito contra Guedes.

Fonte: FUP