Nos dias 5, 6 e 7 de abril, acontece em Vitória (ES), o 7° Encontro Nacional das Mulheres Petroleiras da Federação Única dos Petroleiros (FUP), organizado pelo Coletivo de Mulheres da FUP. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 30 de março, mas as vagas são limitadas.
A petroleiras de Minas que tiveram interesse em participar podem entrar em contato com qualquer diretor ou diretamente na secretaria do Sindipetro/MG (2515-5555) para informar seus dados pessoais. O Sindicato arcará com todas as despesas da viagem.
Programação
No evento deste ano, as mulheres que têm filhos de até 10 anos terão à sua disposição um espaço de recreação com profissionais que irão desenvolver diversas atividades com as crianças, como oficinas, contação de história, entre outras. Assim, elas poderão participar tranquilamente do Encontro.
Também haverá exposição fotográfica, venda de produtos artesanais dos movimentos sociais e uma aula de defesa pessoal com a campeã mundial de Jiu-jitsu, a capixaba Ariane Guarnier.
Confira a programação abaixo:
5 de abril, sexta-feira
Local: CINE METRÓPOLIS (Campus de Goiabeiras, UFES)
17h30 – Recepção com Feira de produtos da agricultura familiar e exposição de artistas locais
18h – Abertura oficial do VII ENMP e Encontro dos movimentos feministas e sociais do estado do Espírito Santo
18h30 – Homenagem à Zilma Coelho Pinto com exibição de documentário
19h – Palestra: “Por que ser feminista?”
Convidadas: Deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) e Professora Dra. Erineusa Silva, Núcleo Interinstitucional de Pesquisa em Gênero e Sexualidades – Ufes/Estácio, Praxis/Nepe (Ufes)
21h – Apresentação Cultural
6 de abril, sábado
Local: Hotel Aruan, Praia de Camburi
(Av. Dante Michelini, 1497 – Jardim da Penha, Vitória – ES)
7h30 – Atividade ao ar livre com Marli Zordan
8h às 9h – Credenciamento
9h – Painel: Análise do Setor Petróleo e Gás no Brasil e no Estado do Espírito Santo
Convidadas: Msc. Carla Borges Ferreira, Pesquisadora do INEEP e Msc. Ana Maria Leite de Barros, pesquisadora da UFES;
10h40 – Painel: A Luta contra a Privatização: o papel das trabalhadoras e trabalhadores
Convidad@s: Rita Serrano, Coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas; Fabiana dos Anjos, Representante dos Trabalhadores no CA da Transpetro; Danilo Silva, Representante dos Trabalhadores no CA Petrobras
12h30 – Intervalo de Almoço
14h – Ginástica Laboral, com Claudete Roseno
14h30 – Painel: Impactos da Reforma Trabalhista e Previdenciária na vida das trabalhadoras e os direitos ainda preservados na lei
Convidadas: Euci Santos Oss, Advogada Trabalhista assessora do Sindipetro-ES; Lujan Miranda, Especialista em Direito Constitucional /Núcleo Auditoria Cidadã da Dívida/ Sindiprev/ES; Jossandra Rupf, Advogada especialista em Gestão de Politicas Publicas de Gênero e Raça / CTB-ES; Sandra Bortolon, Coord. Dieese ES.
16h– Debate e Reflexões
17h – Bingo
7 de abril, domingo
7h30 – Aula de defesa pessoal com a Campeã Mundial de Jiu-jitsu, Ariane Guarnier
9h – Painel “A trajetória e as conquistas do Coletivo de Mulheres Petroleiras da FUP”
Convidadas: Mônica da Silva Paranhos, pesquisadora associada do Arquivo da Memória Operária do Rio de Janeiro IFCS-UFRJ; Andressa Delbons, coordenadora do Coletivo de Mulheres da FUP
Coletivo de Mulheres da FUP
O Coletivo de Mulheres da FUP surgiu de um questionamento sobre a ausência de mulheres na organização, nas mesas e nas palestras do XV Congresso da FUP (Confup), realizado em 2011. Isso motivou as petroleiras a se organizarem melhor para conseguir maior representatividade nos fóruns de debate e nas tomadas de decisão e, já no ano seguinte, foram retomados alguns encontros regionais de mulheres.
Esses encontros contavam sempre com participação de mulheres de vários estados, fortalecendo nossos laços e ajudando a formar nossa identidade coletiva. O resultado dessa movimentação foi a criação do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, ratificado por uma resolução aprovada na III Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP) em 2012.
Já em 2013, o I Encontro Nacional das Petroleiras Fupistas, contou com a presença da então presidente da Petrobrás, Graça Foster, que recebeu uma comissão de mulheres para debater uma pauta de reivindicações elaborada pelo coletivo.
A partir dessas reivindicações, o coletivo conquistou o aumento o tempo da licença-paternidade, a instalação de salas de aleitamento nas unidades da Petrobrás, a ampliação do auxílio-creche para homens, além da ocupação de um espaço permanente de diálogo na comissão de diversidade da estatal.
Também foi a partir do coletivo que as mulheres conquistaram uma maior participação na estrutura sindical, com a participação de pelo menos três mulheres no planejamento das campanhas dos Acordos Coletivos, assim como pelo menos duas em todas mesas de negociação com a Petrobrás.
Já em 2014, no XVI Confup, foram aprovadas cotas de participação de mulheres nas plenárias, congressos e na direção da FUP. Na Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP) de 2015 as mulheres deram um salto de 8% de para 14% de delegadas na plenária e, em 2017, de 0% para 22% de mulheres na direção da FUP.
*Com informações do Coletivo de Mulheres da FUP