Caravana dos Sindipetros contra a terceirização Caravana dos Sindipetros contra a terceirização

Notícias | 26 de agosto de 2021

A gigante Petrobrás se apequena para facilitar a privatização

No governo Bolsonaro, até final do ano passado, perdemos 37.610 postos de trabalho na Petrobrás. Foram desligados 23.299 terceirizados e houve redução de 22,6% dos trabalhadores próprios. Enquanto o Brasil tem 15 milhões de desempregados, a última vez que houve concurso na Petrobrás foi em 2018. E não é por falta de necessidade, mas por uma política de precarizar o trabalho, poucos fazerem mais, perdendo descanso e em constante tensão.

Em meio à pandemia e distraindo o público com fake news, o governo Bolsonaro/Guedes põe em curso seu plano de vender o país para grandes grupos dos EUA, França, China… No nosso dia a dia, vemos setores com número mínimo reduzido, aceleração da terceirização (com funcionários ganhando salários menores e jornadas maiores), intensificação de trabalho (trabalhadores tendo de fazer um número maior de tarefas num mesmo intervalo de tempo), aumento das jornadas (além das mudanças de forma unilateral de jornada e tabela feitas pelo empregador, assédio para fazer o funcionário trabalhar na folga) e, como consequência, acidentes e atmosfera de risco.

Recosturando a unidade

Entre maio e junho, a Petrobrás realizou um processo de licitação para terceirizar os serviços de apoio à operação no setor de tratamento de água e de detritos industriais em seis unidades, pelo período de dois anos. Estamos falando de uma privatização do que sobrou da ETA e ETDI.

Os sindicatos do estado de São Paulo iniciaram uma caravana para fazer uma contraposição a este ataque. No dia 5 de agosto houve ato na porta da Replan, com presença de sindicatos da FUP e FNP, recosturando a unidade onde é importante: na luta. As próximas rodadas acontecem no dia 26 de agosto, na Revap; 3 de setembro, na Recap; 10 de setembro na RPBC.

Regap na luta

Na Regap, cada vez mais donos de “Gatas” (algumas, multinacionais) controlam até postos que há poucos anos eram número mínimo da operação, como na ETA e EDR. Todos estão vendo o que está acontecendo no laboratório, no SOP e na SMS, onde os trabalhadores são assediados a procurar outro estado ou migrar para outro setor. Isto sem falar de setores como Manutenção, Engenharia e GPI, em que há anos um processo de terceirização é imposto e se “normaliza”.

Entendemos que enquanto os trabalhadores estiverem quietos o rolo compressor do governo que quer vender o país vai continuar e fazer estragos cada vez maiores. Por isso, Sindipetro MG se soma à unidade das refinarias de SP e chama os trabalhadores a participar dos atos que faremos em setembro contra a precarização das condições de trabalho.

SOBRE A CARAVANA

Após o processo de licitação apresentado no último mês pela Petrobrás, que terceiriza inicialmente 109 vagas em Estações de Tratamento de Água e de Despejos Industriais em diversas refinarias pelo Brasil, sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se uniram em uma mobilização conjunta.

Já foram realizados atos, atrasos e rodas de conversa na Replan e acontece outro na Revap, em São José dos Campos, no dia 26. Outros dois atos estão marcados para a primeira quinzena de setembro.

Alexandre Finomori, coordenador do Sindipetro MG, participou do ato na Revap na manhã desta quinta-feira (26). Confira algumas fotos: