Atos Fora Bolsonaro marcarão 68 anos da Petrobrás, com protestos contra a privatização e os preços abusivos dos combustíveis Atos Fora Bolsonaro marcarão 68 anos da Petrobrás, com protestos contra a privatização e os preços abusivos dos combustíveis

Notícias | 23 de setembro de 2021
A Petrobrás completa 68 anos no dia 03 de outubro, em meio ao maior desmonte de sua história, cuja conta o governo Bolsonaro está impondo à população, com preços absurdos dos derivados, o que fez disparar a inflação e o custo de vida. Para protestar, a FUP e seus sindicatos estarão nas ruas nos atos do dia 02 pelo Fora Bolsonaro e nas ações solidárias de venda de gás de cozinha a preço justo, na semana de 04 a 09 de outubro

[Imprensa da FUP]

Com o país mergulhado em crises políticas, econômicas e sociais, cada vez mais agravadas pelos crimes de responsabilidade do governo Bolsonaro, investigado também por corrupção, as mobilizações do dia 02 de outubro serão decisivas para a mudança de rumo que o povo brasileiro tanto clama. Os atos por Fora Bolsonaro, organizados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, acontecem na véspera do aniversário de 68 anos da Petrobrás (03/10), cujo desmonte foi intensificado neste governo, com a privatização aos pedaços da empresa e os reajustes abusivos dos derivados de petróleo, com base no Preço de Paridade de Importação (PPI), que obriga o consumidor a pagar em dólar pela gasolina, diesel e gás de cozinha.

Em Belo Horizonte, o ato unificado do dia 2 de outubro será realizado na Praça da Liberdade, às 15h30.

Em função da disparada dos combustíveis, a inflação acumulada em 12 meses já beira 10% e as famílias brasileiras sofrem os impactos de pagar R$ 7 pelo litro da gasolina e mais de R$ 100 pelo botijão de gás. Por conta dos reajustes feitos com base no preço de importação, a gasolina já acumula aumentos de 51% nas refinarias somente este ano e o GLP e o diesel, de 40%. “O desmonte da Petrobrás, com a subutilização e privatização das refinarias, tem o propósito de aumentar o lucro dos acionistas privados, que se beneficiam com o dólar alto e a exportação de óleo cru, enquanto o povo é obrigado a pagar preços de importação para combustíveis que são produzidos no Brasil”, alerta o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Para protestar contra essa política, cuja responsabilidade é integral do governo Bolsonaro, que representa o acionista majoritário da Petrobrás, a FUP e seus sindicatos, junto com as demais entidades da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia (POCAE), intensificarão a luta em defesa da soberania e por preços justos para a energia nos atos do dia 02 de outubro. Nas ruas e nas redes sociais, petroleiros, eletricitários, pequenos agricultores, atingidos por barragens e demais movimentos sociais que integram a POCAE irão protestar contra os preços abusivos dos combustíveis e da energia elétrica, consequência do desmonte dos sistemas Petrobrás e Eletrobrás.

A orientação  é que os sindicatos priorizem as manifestações do dia 02, dialogando com a população nas ruas e nas redes sobre a importância de uma empresa estatal forte, para garantir o abastecimento nacional, com preços justos e desenvolvimento econômico e social nos estados em que atua. A hastag que será massificada nas redes é #TáCaroACulpaÉdoBolsonaro

Aniversário da Petrobrás terá gás de cozinha a preços justos, de 04 a 09 de outubro

A FUP e seus sindicatos estão organizando para a semana do dia 04 a 09 de outubro novas ações solidárias de venda de gás de cozinha a preços justos em diversos municípios do país, em continuidade às comemorações dos 68 anos da Petrobrás, que serão iniciadas com os atos Fora Bolsonaro. No dia 04 de outubro, será também realizado uma mobilização nacional na Refinaria Landuplho Alves (RLAM), na Bahia, que completou 71 anos no dia 17 de setembro, com a categoria resistindo à sua privatização.

“Em meio à devastação do Sistema Petrobrás, que penaliza a população brasileira, os trabalhadores ainda enfrentam uma série de ataques por parte de uma gestão autoritária, que nega-se a dialogar com os sindicatos, reproduzindo na empresa o modus operandi de Jair Bolsonaro, ao violar direitos, descumprir acordos e expor a categoria e as comunidades a riscos constantes de acidentes, como estamos vendo em diversas unidades. Por isso, é fundamental que a categoria se engaje nas lutas que a FUP e os sindicatos estão realizando, participando das manifestações nas ruas, nas redes e nos locais de trabalho”, reforça Deyvid Bacelar.

Os atos contra as privatizações no Sistema Petrobrás e os ataques da gestão bolsonarista estão acontecendo desde agosto nas bases da FUP. Já foram realizadas mobilizações na Refap (RS), na Reman (AM), na Abreu e Lima (PE), na Replan (SP), na Recap (SP) e na sexta-feira, 24, será a vez da Regap, em Minas Gerais. As mobilizações prosseguem ao longo de outubro, com atos já agendados para o dia 01/10 em Mossoró (RN), 04/10 na RLAM, 05/10 na Reduc, 14/10 na Repar e 15/10 na SIX.