Petroleiros denunciam privatização e altos preços da gasolina e do gás no dia 2 de outubro Petroleiros denunciam privatização e altos preços da gasolina e do gás no dia 2 de outubro

Notícias | 29 de setembro de 2021

Dia 2 de outubro será um novo dia de manifestações contra o governo Bolsonaro em todo o Brasil. São mais de 100 organizações construindo a mobilização nacionalmente, e também em Minas Gerais, envolvendo partidos políticos, centrais sindicais, torcidas organizadas e movimentos populares. 

Em Belo Horizonte, o ato unificado do dia 2 de outubro será realizado na Praça da Liberdade, às 15h30.

“Precisamos colocar um peso grande no ato de 2 de outubro. É fundamental seguir denunciando a política de preços da Petrobrás, que está diretamente ligada à tentativa de privatização da empresa. A Petrobrás está sendo vendida, a Regap está à venda. Teremos dois botijões gigantes para chamar atenção para as pautas. É essencial a participação dos petroleiros, para fazermos essa denúncia”, convida Anselmo Braga, diretor do Sindipetro MG.

Além de diversas pautas – como a luta contra a reforma administrativa e a PEC 32, o desemprego e as privatizações – o ato do dia 2 também tem como mote  #TáCaroACulpaÉdoBolsonaro , que diz respeito ao aumento do custo de vida. O gás de cozinha e a gasolina são grandes exemplos disso. 

Para protestar contra essa política, cuja responsabilidade é integral do governo Bolsonaro, que representa o acionista majoritário da Petrobrás, a FUP e seus sindicatos, junto com as demais entidades da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia (POCAE), intensificarão a luta em defesa da soberania e por preços justos para a energia nos atos do dia 02 de outubro. Nas ruas e nas redes sociais, petroleiros, eletricitários, pequenos agricultores, atingidos por barragens e demais movimentos sociais que integram a POCAE irão protestar contra os preços abusivos dos combustíveis e da energia elétrica, consequência do desmonte dos sistemas Petrobrás e Eletrobrás.

A orientação  é que os sindicatos priorizem as manifestações do dia 02, dialogando com a população nas ruas e nas redes sobre a importância de uma empresa estatal forte, para garantir o abastecimento nacional, com preços justos e desenvolvimento econômico e social nos estados em que atua. 

Duas agendas

Além do ato no sábado (2), outra agenda nacional está acordada entre as organizações. O 15 de novembro também será um dia de luta contra Bolsonaro. Jairo Nogueira, que é presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, explica que as duas agendas trazem como pauta central o impeachment do presidente, já que há diversos indícios de fraudes e crimes de corrupção desvendados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.

Além disso, na opinião de Jairo, é insustentável a crise econômica e social pela qual passa o país, levando a população ao desemprego e ao drástico empobrecimento. “É nosso papel fazer a luta, denunciar o governo e construir um novo cenário para as eleições do ano que vem, para que o povo não caia na ilusão que é o Bolsonaro”, aponta. 

A política econômica adotada pelo governo federal, e encabeçada pelo ministro Paulo Guedes, levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome, além de encarecer o preço do gás e da cesta básica. 

Campanha nacional 

A convocação para os atos dos dias 2 de outubro e 15 de novembro, foi realizada a partir da articulação nacional entre a Campanha Nacional Fora Bolsonaro e a Frente Brasil Popular. Nove centrais sindicais divulgaram, na quinta (23), nota conjunta chamando os trabalhadores para participarem das manifestações. “Das ruas não nos retiraremos até libertar o Brasil deste presidente criminoso”, diz o texto. 

“Em um país com 212 milhões de habitantes, cuja maioria, segundo todas as pesquisas, rejeita e desaprova Bolsonaro, é urgente que o Congresso Nacional atenda o clamor popular e acate a abertura de processo de impeachment para que Bolsonaro seja afastado e seus crimes apurados e julgados”, completa a nota. 

A Campanha Nacional Fora Bolsonaro é organizada por mais de 80 entidades e movimentos populares e sindicais. No último dia 15, presidentes de nove partidos de oposição se reuniram para traçar diretrizes de mobilização pelo impeachment de Bolsonaro.

Aniversário da Petrobrás terá gás de cozinha a preços justos, de 04 a 09 de outubro

A FUP e seus sindicatos estão organizando para a semana do dia 04 a 09 de outubro novas ações solidárias de venda de gás de cozinha a preços justos em diversos municípios do país, em continuidade às comemorações dos 68 anos da Petrobrás, que serão iniciadas com os atos Fora Bolsonaro. No dia 04 de outubro, será também realizado uma mobilização nacional na Refinaria Landuplho Alves (RLAM), na Bahia, que completou 71 anos no dia 17 de setembro, com a categoria resistindo à sua privatização.

“Em meio à devastação do Sistema Petrobrás, que penaliza a população brasileira, os trabalhadores ainda enfrentam uma série de ataques por parte de uma gestão autoritária, que nega-se a dialogar com os sindicatos, reproduzindo na empresa o modus operandi de Jair Bolsonaro, ao violar direitos, descumprir acordos e expor a categoria e as comunidades a riscos constantes de acidentes, como estamos vendo em diversas unidades. Por isso, é fundamental que a categoria se engaje nas lutas que a FUP e os sindicatos estão realizando, participando das manifestações nas ruas, nas redes e nos locais de trabalho”, reforça Deyvid Bacelar.

Os atos contra as privatizações no Sistema Petrobrás e os ataques da gestão bolsonarista estão acontecendo desde agosto nas bases da FUP. Já foram realizadas mobilizações na Refap (RS), na Reman (AM), na Abreu e Lima (PE), na Replan (SP), na Recap (SP) e na sexta-feira, 24, será a vez da Regap, em Minas Gerais. As mobilizações prosseguem ao longo de outubro, com atos já agendados para o dia 01/10 em Mossoró (RN), 04/10 na RLAM, 05/10 na Reduc, 14/10 na Repar e 15/10 na SIX.

(Com informações da FUP, Brasil de Fato MG e CUT Minas)