Trabalhador da PBio de Montes Claros distribui absorventes em escola pública Trabalhador da PBio de Montes Claros distribui absorventes em escola pública

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 7 de dezembro de 2021

A ação, custeada pelo trabalhador, é uma reação a veto do presidente e será realizada nesta quarta (8)

Responsabilidade com o próximo. Dividir o que se tem. Empatia. Partilha do território comum. Respeito. Essas podem ser algumas definições de solidariedade, que, como nos lembra o Papa Francisco, é a grande saída coletiva para a crise em que vivemos, acentuada pela pandemia.

Essa percepção de que a saúde só existe verdadeiramente se for coletiva inspirou diversas ações de solidariedade no último período. Algumas dessas ações partem da empatia com a dor e as dificuldades – como a campanha Petroleiros pela Vida, de doação ou venda de gás a preços justos – outras em resistência à falta de suporte do governo.

Um exemplo acontece na próxima quarta, dia 8 de dezembro, em Montes Claros. Indignado com o veto do presidente Jair Bolsonaro a um projeto de lei aprovado no Congresso de distribuição de absorventes para mulheres em vulnerabilidade social, um trabalhador da Petrobras Biocombustível (PBio), Luiz Bezerra da Fonseca Filho, comprou, com recursos próprios, 150 pacotes com 16 absorventes cada para distribuir em uma escola pública. Ele contou com a ajuda de Lourinaldo Soares da Silva Junior, que doou R$ 50.

A distribuição será realizada às 19h na E.E.Rotary São Luiz no Bairro Cidade Industrial, Montes Claros. “Acho importante a população ter direito a essa dignidade, poder ir para a escola sem passar constrangimento”, afirma o trabalhador. A ação conta com o apoio do Sindipetro/MG.

Promoção da Saúde Menstrual 

O termo se tornou mais conhecido dos brasileiros depois do Projeto de Lei da deputada Marília Arraes (PT-PE) e outros 34 parlamentares, aprovado na Câmara e no Senado, que previa uma série de medidas para garantir direitos de mulheres e meninas, entre elas, a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e detidas.

Em outubro deste ano, Bolsonaro vetou o PL, alegando que não havia fonte de custeio para a medida.

Segundo o projeto “Ciclo de Amor”, uma iniciativa do clube Girl Up Nise da Silveira, da Fundação ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada quatro mulheres não tem acesso a absorvente durante o período menstrual, no Brasil.