Metroviárias e metroviários entram em greve à zero hora desta quinta-feira (23)

Resolução do governo federal desrespeita o direito de transferência de servidoras e servidores da CBTU-BH para outras superintendências

por CUT/MG

Metroviárias e metroviários realizaram assembleia, na tarde deste domingo, dia 19 de dezembro de 2021, em caráter de urgência, na Praça da Estação, na região Central de Belo Horizonte, e aprovaram, por unanimidade, greve total por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (23). Os motivos da paralisação foram apresentados ao povo da capital mineira em comunicado do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) e da categoria, que vocês podem ler a seguir:

“Fazemos saber à toda a população da Grande BH que os metroviários de Belo Horizonte fizeram uma assembleia neste domingo, dia 19 de dezembro de 2021, às 13 horas, na Praça da Estação, em caráter de urgência, devido a uma resolução do governo federal (n°206 do CPPI) que desrespeita o direito de transferência dos funcionários da CBTU-BH para outras superintendências, passando por cima do atual Acordo Coletivo de Trabalho em vigência.

Como se não bastasse, o Sindicato tomou conhecimento no dia 18/12/2021, que contrariando tal resolução, foi autorizada a transferência de vários empregados para a CBTU-AC Brasília. Imediatamente a entidade convocou toda a categoria para uma assembleia em carácter de urgência, aonde foi proposto e obtido aprovação por unanimidade, o movimento de greve total por tempo indeterminado a partir da zero hora do dia 23 de dezembro, para que tal oportunidade seja disponibilizada a todos os funcionários, respeitando o princípio da isonomia de tratamento, e todos os direitos do nosso Acordo Coletivo de Trabalho.

É uma medida necessária diante dos desmandos e manobras do governo que vêm excluindo e ignorando a participação e o bem-estar dos funcionários, no atual processo de cisão que a STU-BH está passando. A paralisação afetará em cheio os usuários do metrô, mas é uma situação limítrofe entre a privatização da empresa e a demissão dos funcionários concursados lotados em Belo Horizonte.

É importante que a população da Grande Belo Horizonte saiba que os metroviários trabalharam, sem parar um dia, durante toda a pandemia de Covid-19, agora busca o apoio de todos os usuários em defesa da empresa pública e com tarifas acessíveis a toda população. A cisão da empresa criaria uma outra em Belo Horizonte, que seria repassada ao Estado de Minas Gerais, e imediatamente privatizada com um aporte bônus para os futuros proprietários em torno de R$ 3 bilhões.”