Funcionalismo federal prepara protesto por reajuste e contra a ‘reforma’ administrativa Funcionalismo federal prepara protesto por reajuste e contra a ‘reforma’ administrativa

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 13 de janeiro de 2022

Mobilizações na próxima terça ocorrerão diante do BC e do Ministério da Fazenda. Categoria também discute greve geral


por Redação RBA

Ao longo de 2021, servidores conseguiram barrar avanço da PEC 32

 

Entidades do funcionalismo público federal preparam protestos na próxima terça-feira (18), em Brasília, por reajuste salarial e contra o projeto de “reforma” administrativa, que o governo aparentemente abandonou. Estão previstas manifestações pela manhã diante do Banco Central (BC), que se deslocarão para o Ministério da Fazenda no período da tarde. Em plenária marcada para a quinta (20), eles também vão discutir a realização de um greve geral, em data a ser definida.

A mobilização se acentuou depois que, na aprovação do orçamento da União, o governo sinalizou reajuste apenas para carreiras da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal e Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), a maioria dos servidores está há cinco anos sem reajuste, com perdas que em alguns casos pode chega a 40%. Amanhã (14), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) se reúne e deve confirmar participação no ato de terça.

De acordo com as entidades, além do reajuste, os representantes do funcionalismo são favoráveis a discutir uma reestruturação do setor público. “Não como a reforma administrativa, que prevê a destruição do serviço público”, afirma o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva. “Nós queremos discutir a administração pública como um todo. A gente quer concurso público, pra recompor a força de trabalho, quer que melhorem os recursos pra ciência, pra educação, pras políticas de saúde, entre outras coisas”, acrescenta.

 

Entrega de cargos

A exclusão de várias categorias no orçamento um processo de entrega de cargos em vários níveis. Isso aconteceu no próprio BC, na Receita Federal e entre os auditores-fiscais do Trabalho. Na Receita, por exemplo, até ontem (12) haviam sido entregue 1.288 cargos de chefia, segundo o Sindifisco Nacional.

No final do ano, os servidores chegaram a fazer “enterro simbólico” da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, da “reforma” administrativa. Depois de aprovado em comissão especial da Câmara, o projeto não andou mais. A presidência da Câmara não inclui a matéria na pauta por temer derrota. E o governo já avalia se manterá a tramitação em ano eleitoral.