Petroleiros repudiam descaso com a vida de trabalhadores, em ato na Regap Petroleiros repudiam descaso com a vida de trabalhadores, em ato na Regap

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 24 de fevereiro de 2022

Trabalhadores da Petrobrás fizeram, na manhã dessa quinta-feira (24/02), na portaria da Regap, em Betim, um ato por justiça e em memória de José Arnaldo Amorim, petroleiro morto em acidente na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). O ato promovido pelo Sindipetro/MG em conjunto com o Sitramonti-MG, fez parte do movimento nacional articulado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

“Para a empresa, nós somos apenas uma matrícula. Pensam que se morrer um é só substituir por outro. O que importa para eles é se no balanço financeiro deu lucro máximo para os acionistas. Esse é um ato nacional pelo direito à vida. Estamos aqui para que todos os trabalhadores tenham o direito de voltar vivos para casa”, afirmou o coordenador do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori.

 

Para Anselmo Braga, diretor do Sindipetro/MG, a morte do trabalhador da Reduc é a face mais cruel de tudo o que o sindicato denuncia na Petrobrás, desde o golpe. “José Arnaldo morreu porque a Petrobrás precariza as condições de trabalho e faz economia, sucateando a manutenção, num claro desmonte da Petrobrás”.

“Temos que pressionar a empresa para trabalhar dentro das normas técnicas de segurança. Não se deve ter medo de punição por deixar de emitir uma PT (permissão de trabalho) para proteger a vida dos colegas”, alertou o diretor do Sindipetro/MG, Jarbas Júnior.

Representando os petroleiros empreiteiros, o diretor do Sitramonti-MG, Vilmar de Souza,   lembrou que muitos trabalhadores não participaram do ato por medo de retaliação. Ele clamou a todos para se unirem pelo fortalecimento da luta sindical.

O Sindipetro/MG vem denunciando a precarização das condições de trabalho e segurança na refinaria, que inclui manutenção precária nos equipamentos e sobrecarga de trabalho. O temor da categoria petroleira da refinaria de Betim é de que a situação ocorrida em Duque de Caxias se repita em Minas Gerais, diante do desmonte da Petrobrás com vistas à privatização.