O 1° de Maio precisa ser um marco na luta pelo ‘fora Bolsonaro’, diz Sérgio Nobre, da CUTSão Paulo – No 1º de Maio deste ano, as principais centrais sindicais do país estarão reunidas em diversos pontos do país para manifestações unificadas. Em São Paulo, o ato unificado será na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, a partir das 10h. No Rio de Janeiro, a concentração será no mesmo horário, no Aterro do Flamengo, altura da Rua Silveira Martins. O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirma que “a classe trabalhadora não tem futuro com o atual governo” e que o 1º de Maio precisa ser um marco na luta pelo “fora Bolsonaro”. “Derrotar Bolsonaro e tudo o que ele representa é nossa grande tarefa.”
Por Portal CUT com Redação RBA
Sérgio Nobre observa que 2022 é um “ano histórico” em razão das eleições gerais. “Teremos as eleições das nossas vidas. É em outubro que vamos ter a oportunidade de mudar os rumos nefastos em que o Brasil se encontra. Vamos ter a oportunidade decidir o que o Brasil será nos próximos 20 anos”, ressalta.
O presidente da CUT alerta, no entanto, que “não basta tirar Bolsonaro”, e que as eleições para deputados e senadores são fundamentais para a defesa dos direitos sociais e trabalhistas. “Além de tirar o Bolsonaro de vez da presidência, temos de eleger candidatos que representem os interesses da classe trabalhadora, que saibam conduzir o país, que saibam o que o povo precisa. E defendemos a candidatura de Lula como a solução para salvar o Brasil e também a eleição de um Congresso Nacional que ajude na aprovação das pautas de interesse da classe trabalhadora”, destaca.
O sindicalista considera ainda que o atual governo traz prejuízos à imagem do Brasil no mundo, o que incomoda, inclusive, lideranças do setor empresarial. Desse modo, acredita Nobre, as incertezas quanto à capacidade do país de restaurar sua democracia e recuperar sua economia são um entrave para o desenvolvimento. E traz problemas para a classe trabalhadora.
“A imagem do Brasil com Bolsonaro, hoje, lá fora, é de descrédito, é vergonhosa, de um país que não respeita direitos, não se preocupa com a vida. Precisamos mudar isso, mostrando o que somos de verdade, um país que trabalha e que vai à luta”, afirma Nobre. “Precisamos de um governo popular, um estadista respeitado no mundo, como Lula, que foque no desenvolvimento e também no combate à desigualdade. Que respeite os direitos humanos e o meio ambiente para que possamos salvar o Brasil. E para que voltemos a ser um país em que a população tem dignidade e em que a economia funcione.”
No dia 7 de abril, as centrais realizaram o Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), cujo resultado foi um documento – Pauta da Classe Trabalhadora – com propostas para o desenvolvimento do país e que serão abordadas e expostas ao público no Dia 1° de Maio, para consolidar o diálogo sobre o que país precisa para sobreviver. Entre elas:
Este ano, o 1° de Maio traz como tema a “defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida”. A data, celebrada de forma virtual nos últimos dos anos de pandemia, volta a ser festejada nas ruas.
Além dos atos locais em todo o país, em São Paulo, será realizado o ato principal, na Praça Charles Muller. Entre lideranças sindicais, políticas e religiosas, além de outras personalidades, estarão no palco das centrais grandes atrações como a cantora Daniela Mercury, que fará um show especial neste dia. A cantora Leci Brandão, deputada estadual (PCdoB), também se apresenta, junto com Dexter, Francisco El Hombre e DJ KL Jay, além de outros convidados a confirmar.
O 1º de Maio de São Paulo será transmitido ao vivo pelo YouTube e Facebook das centrais sindicais e da TVT. A emissora também transmitirá em sinal aberto pela TV, na Grande São Paulo pelo canal 44.1 e no ABC também pelo canal 512 da Net.
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