Não se engane: troca de presidente da Petrobrás não muda nada Não se engane: troca de presidente da Petrobrás não muda nada

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 27 de maio de 2022

O que se vê com o entra e sai de presidentes e conselheiros da Petrobrás é que os preços não caem e o caos se instala dentro e fora da empresa


por Sindipetro/MG

 

Pressionado pela repercussão dos sucessivos aumentos dos combustíveis no seu desempenho eleitoral, o presidente Bolsonaro troca novamente a direção da Petrobrás. Dessa vez, o indicado é Caio Paes de Andrade, atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia. 

O novo indicado não possui experiência no setor de óleo e gás e não preenche os critérios básicos da lei das estatais que determina que os presidentes de companhias públicas tenham experiência de pelo menos 10 anos no setor da empresa a qual dirigem.. 

Como num jogo de faz de conta, Bolsonaro tenta passar a imagem de que está fazendo algo para estabilizar os preços dos combustíveis, mas, no fundo, age norteado por seus interesses eleitoreiros. “Engana-se quem ainda acredita que Bolsonaro está preocupado com o povo que paga um valor alto na gasolina, diesel e gás de cozinha. Ele está de olho é nas eleições. Para isso, adota a sua velha tática de sempre: jogar para torcida e fugir das suas responsabilidades”, avalia Alexandre Finamori, coordenador do Sindipetro\MG. 

O que se vê com o entra e sai de presidentes e conselheiros da Petrobrás é que os preços não caem e o caos se instala dentro e fora da empresa. Bolsonaro não assume a sua responsabilidade em modificar a política de preços e o pior, entrega a empresa e a riqueza do Brasil aos interesses privatistas. 

Depois de uma verdadeira dança das cadeiras na direção da Petrobrás, este ano, o último presidente da estatal, José Mauro Ferreira, permaneceu apenas 40 dias no cargo. Há duas semanas, também houve mudanças no Ministério das Minas e Energia. Bolsonaro demitiu o almirante Bento Albuquerque no mesmo dia em que a Petrobrás anunciou um novo aumento no preço do diesel. Quem assumiu seu lugar foi o economista Adolfo Sachsida, que já chegou prometendo encaminhar estudos para a privatização da Petrobrás.

“A Petrobrás não é brinquedo para ser usada como manobra eleitoral de Bolsonaro”, afirma Alexandre Finamori.