Alerta: Bolsonaro acelera planos de privatização da Regap e Petrobrás Alerta: Bolsonaro acelera planos de privatização da Regap e Petrobrás

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 3 de junho de 2022

Avaliação é de que o momento atual é crucial para a categoria avançar na organização e mobilização, para impedir a entrega da Petrobrás


por Sindipetro/MG

 

As últimas notícias em torno das ameaças de privatização da Petrobrás colocaram a categoria petroleira de Minas Gerais em alerta. Mesmo às vésperas das eleições, o processo de venda das refinarias deu um novo passo, com a assinatura de venda da Lubnor no último dia 25 de maio e com novos rumores envolvendo a privatização da Regap.

Além disso, Jair Bolsonaro incluiu a Petrobrás na lista de empresas a serem vendidas pelo Governo Federal e tem contado com o apoio de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que ameaça privatizar a estatal a partir de um projeto de lei que permitiria a venda de ações da União.

Para a categoria e para a população brasileira, a privatização traz uma perspectiva sombria, no entanto aflora ainda mais o ímpeto de luta da categoria. A avaliação é de que o momento atual é crucial para a categoria avançar na organização e mobilização, contribuindo para impedir a entrega do patrimônio público construído com o suor dos trabalhadores.

“É importante que os interessados em comprar a empresa saibam que a categoria resistirá até o fim na defesa da permanência da Petrobras em Minas. Estamos nessa trincheira em defesa da Petrobras, com greves importantes como a de 2018 e de 2020. Agora, governo Bolsonaro avança em relação a privatização da Regap e através do seu capacho Arthur Lira, avança também no desejo entreguista de privatizar a Petrobrás como toda.”, afirma o coordenador geral do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori.

Em 2016, no governo de Michel Temer, se deu o início do desmonte da Petrobrás com a finalidade de privatizá-la. De lá para cá, ocorreram várias investidas nesse sentido, mesmo com a população sendo contrária à privatização da Petrobrás, conforme pesquisas.

O governo Bolsonaro já anunciou que quer privatizar a empresa, por considerá-la um problema. Na realidade, o presidente da República foge de suas responsabilidades como representante dos acionistas majoritários da empresa com poder de mudar os rumos da empresa, como a política de preços dos combustíveis que tanto afeta a economia e a população. Seu governo apoia a diretriz máxima da lucratividade dos acionistas, em detrimento do seu papel social e desenvolvimentista.

Desde o início do governo Bolsonaro, houve a diminuição da capacidade de refino. Foram incluídas no “plano de desinvestimento” a privatização de oito refinarias, entre elas a Regap. Uma das consequências é a criação de monopólios privados que praticam preços abusivos de derivados. O maior exemplo é a privatização da refinaria Landulpho Alves (Rlam) – atual Mataripe –, na Bahia, que passou para as mãos do fundo árabe Mubadala. De acordo com o Dieese, só neste ano, a refinaria aumentou a gasolina em 48%. No diesel, o aumento chegou a 58%. Em comparação, os preços da gasolina e do diesel na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, ainda sob controle da Petrobras, subiram 37% e 45%, respectivamente.

“Diante dos impactos que as privatizações trazem, defender a Petrobrás estatal e a Regap em Minas é uma tarefa tanto dos petroleiros como de toda a sociedade’’, afirma Alexandre Finamori.