Venda da Lubnor é questionada na justiça

De acordo com o prefeito da capital cearense, a venda realizada pela empresa é ilegal, uma vez que 30% do terreno da refinaria pertence ao município

por Sindipetro/MG

Na última terça-feira (31), o prefeito de Fortaleza/CE, José Sarto (PDT), exigiu que a Petrobrás preste esclarecimentos quanto à venda da Refinaria de Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), anunciada no dia 25 de maio. De acordo com o prefeito da capital cearense, a venda realizada pela empresa é ilegal, uma vez que 30% do terreno da refinaria pertence ao município.

Em mensagem divulgada em sua rede social, Sato revelou que já acionou a Procuradoria Municipal para que a Petrobrás seja acionada juridicamente e se manifeste sobre a venda.

“O Município cedeu esse terreno 50 anos atrás para uma empresa pública, tendo em vista o interesse público, o desenvolvimento da nossa indústria e da nossa economia” afirmou o prefeito.
Desde que o anúncio de venda foi realizado, a Petrobrás vem sendo questionada por diversas esferas políticas da sociedade.

Lubnor foi vendida abaixo do seu valor real

De acordo com dados levantados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (INEEP), o valor de venda da refinaria, U$34 milhões, corresponde a apenas 55% do seu valor real.

Na sexta-feira (27), os sindicatos de base da Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizaram um ato nacional denunciando a venda da refinaria e o desmonte do Sistema Petrobrás.

Em Minas Gerais, o Sindipetro/MG iniciou uma série de reuniões setorizadas para debater as recentes ameaças de privatização do Sistema Petrobrás e da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim.