Sindipetro\MG cobra da Regap medidas sobre adoecimento mental e condições de trabalho Sindipetro\MG cobra da Regap medidas sobre adoecimento mental e condições de trabalho

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 24 de junho de 2022

O Sindipetro\MG reivindica o retorno ao número mínimo historicamente praticado, a recomposição do efetivo e a elaboração de um programa para a redução dos casos de adoecimento mental na categoria


por Sindipetro/MG

 

No dia 21 de junho, aconteceu a reunião bimestral do Comitê Local de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde (SMS), realizada na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. Na pauta da reunião entre representantes da empresa e do Sindipetro\MG estavam assuntos relacionados às condições de trabalho e saúde mental da categoria. Após a reunião, o Sindicato enviou ofício à gerência de SMS, com questionamentos e solicitação de dados e esclarecimentos sobre alguns dos pontos discutidos.  

O Sindipetro\MG reivindica o retorno ao número mínimo historicamente praticado, a recomposição do efetivo e a elaboração de um programa para a redução dos casos de adoecimento mental na categoria. 

Diante do cenário nacional de investidas com vistas à privatização da Petrobrás e de negociações para Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2022\23), os diretores do Sindipetro\MG também reafirmaram o posicionamento contra a privatização e a necessidade de transparência no processo de venda da Regap, bem como a garantia dos direitos da categoria. 

Um dos temas destacados pelo sindicato foi a respeito do agravamento da saúde mental das petroleiras e petroleiros. O Sindipetro cobra da empresa relatórios com indicadores sobre adoecimento mental, assim como medidas para a redução dos casos e prevenção. Foi solicitado dados sobre atendimentos e afastamentos por problemas psíquicos encaminhados pela AMS. Conforme acordado na reunião, o Sindipetro\MG fez essa solicitação em ofício e aguarda os dados para retomar o debate com a empresa em busca de medidas para melhorar as condições de saúde e segurança no trabalho. 

Algumas das situações que agravam a saúde mental da categoria estão relacionadas com condições de trabalho fora das normas e sobrecarga de trabalho, implementadas por políticas de sucateamento com vistas a aumentar o lucro da empresa e dividendos para acionistas. 

O Sindicato questiona no ofício: qual é o plano de recomposição de efetivo que será empregado pela empresa para garantir as condições de segurança e saúde dos trabalhadores? Qual tem sido a demanda de convocar trabalhadores na folga para cobertura ou apoio e quantos trabalhadores já saíram desde 2020 pelas transferências ou PIDV? “A redução do efetivo mínimo se agrava a cada dia com a saída de trabalhadores pelo PIDV. O Sindicato cobrou a recomposição imediata do efetivo mínimo e solicitou que o plano para resolver essa demanda seja enviado também por ofício. Essa situação é um escárnio que coloca em risco a saúde e a segurança dos petroleiros”, afirma Alexandre Finamori.  

O Sindicato quer que a empresa interrompa a política de demanda reduzida e recomponha o efetivo para que as eventuais coberturas diminuam. É inadmissível que uma atividade, antes executada por dois trabalhadores, seja feita somente por um expondo, principalmente, quem lida com equipamentos de risco elevado. As rotinas extenuantes de trabalho aumentam o risco para a saúde e segurança no trabalho. 

O Sindicato também oficializou a reivindicação de retomada das medidas de prevenção contra a Covid-19 na empresa, com um novo ciclo de cobertura vacinal e a interrupção da baldeação de ônibus no transporte dos trabalhadores dentro da refinaria, que aumenta os riscos de contágio. 

A realização da reunião bimestral com a gerência da SMS é uma conquista da categoria e está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).