Em defesa dos nossos empregos, dos nossos direitos e do patrimônio do povo mineiro! Em defesa dos nossos empregos, dos nossos direitos e do patrimônio do povo mineiro!

Diversos, Notícias, Opinião, Tribuna Livre | 24 de junho de 2022

Para além da fome e do desemprego de milhões, a inflação corrói a renda dos mais pobres com mais um aumento criminoso nos combustíveis


por Sindipetro/MG

 

Tem sido duro vivenciar o que tem acontecido no Brasil. Para além da fome e do desemprego de milhões, a inflação corrói a renda dos mais pobres com mais um aumento criminoso nos combustíveis. A Petrobrás, que deveria ser uma solução para o país superar crises e se desenvolver, virou um “problema” nas mãos de um governo entreguista e incompetente.

Como categoria petroleira – entre próprios e terceirizados, da ativa e aposentados -, essa percepção é ainda mais dolorosa, por sabermos que a empresa onde trabalhamos diariamente poderia estar a serviço da soberania e do desenvolvimento do nosso país, e não de um projeto anti-povo que beneficia poucos às custas do sofrimento da população brasileira. Como se não bastasse, mesmo com lucros astronômicos destinados a acionistas privados e estrangeiros, a gestão bolsonarista da Petrobrás inicia as negociações sobre o acordo coletivo dos petroleiros com uma contraproposta com graves e profundos ataques aos nossos direitos.

Diante de um processo tão intenso e profundo de destruição do futuro da nossa categoria e da classe trabalhadora brasileira como um todo, muitos de nós entendem que as eleições de outubro de 2022 serão uma oportunidade de estancar essa sangria. Infelizmente, diante das atuais pesquisas eleitorais e do risco de que esse processo seja interrompido com a derrota de Bolsonaro nas ruas, a destruição do Brasil tem sido acelerada.

Além de uma proposta de acordo coletivo que ataca profundamente petroleiros da ativa e aposentados, a privatização da Eletrobrás, a aceleração do processo de venda das refinarias e as ameaças de privatização completa da Petrobrás no Congresso Nacional acendem um alerta para a nossa categoria e para todos aqueles que defendem o patrimônio nacional. A Regap, em processo avançado de privatização, pode ter a sua venda autorizada pela gestão bolsonarista da Petrobrás a qualquer momento!

Esse momento de emergência exige o envolvimento de toda a sociedade para impedir a saída da Petrobrás de Minas Gerais, justamente pelos altos riscos para a sociedade mineira. Além dos impactos para a arrecadação, empregos e investimentos na região, a venda da Regap poderá resultar em preços do gás, diesel e gasolina ainda mais altos. Foi o que aconteceu na Bahia, após o fechamento da venda da refinaria RLAM: os baianos pagam hoje a gasolina mais cara do Brasil!

É momento de intensificar todas as nossas frentes de luta contra a privatização, seja na questão jurídica, na articulação política com o poder público e órgãos competentes e em iniciativas de comunicação. Mas, acima de tudo, será necessário que a nossa categoria, de longa história de luta e resistência contra as privatizações e em defesa do nosso ACT, coloque seu time em campo e construa uma grande e histórica mobilização em defesa dos nossos empregos, dos nossos direitos e do patrimônio do povo mineiro.