Petrobrás quer golpe em indicação do CA
Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), em conjunto com a Anapetro (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás), vai entrar com representação na Justiça contra a União, pela insistência em indicar para o conselho de administração (CA) da Petrobrás os nomes de Jônatas Assunção, secretário da Casa Civil, e de Ricardo Soriano, procurador-geral da Fazenda.
Os dois indicados por Bolsonaro foram rejeitados pela Comissão de Elegibilidade (CELEG) que apontou conflito de interesses entre a função que teriam na empresa e as atividades que eles desempenham no governo. Mesmo após a rejeição dos indicados, o Ministério de Minas e Energia insiste em reencaminhar seus nomes à companhia na lista com oito nomes indicados pelo governo para o CA da estatal.
Para a FUP, é gravíssima a insistência do governo de tentar eleger, à revelia, nomes já rejeitados por ferir a governança da Petrobrás, a Lei das Estatais e o Estatuto da empresa. A Federação também vai recorrer à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O CA é composto por 11 integrantes e somente três deles não serão submetidos à nova eleição por não terem sido escolhidos no processo de voto múltiplo: Rosangela Buzanelli, representante dos trabalhadores, e dois dos conselheiros indicados pelos acionistas privados, escolhidos em eleições individuais. A assembleia geral de acionistas da empresa está marcada para o dia 19 de agosto, sem os dois nomes no boletim de votação.
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