Julho foi marcado por luta por direitos e contra a privatização Julho foi marcado por luta por direitos e contra a privatização

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 5 de agosto de 2022

É fundamental a garantia de emprego e melhores condições de trabalho. E, em conjunto com os aposentados,  lutar em defesa da AMS


por Sindipetro/MG

 

Para a categoria petroleira, o mês de julho foi marcado pela luta em defesa de direitos e pela permanência da Petrobrás no estado de Minas Gerais. A rejeição das contrapropostas indecorosas da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a defesa da Refinaria Gabriel Passos (Regap) estatal se tornaram exemplos da força de unidade da categoria petroleira.

Em julho, o Sindipetro/MG esteve à frente de duas linhas de combate. A primeira teve o objetivo de mobilizar a categoria petroleira e construir uma luta unificada contra a retirada de direitos. Para a categoria é fundamental a garantia de emprego e melhores condições de trabalho. E, em conjunto com os aposentados,  lutar em defesa da Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS).

Em uma segunda frente, mais ampla, o sindicato intensifica o diálogo com a sociedade sobre os riscos e as perdas que a sociedade mineira terá que enfrentar com a venda de sua única refinaria. O Sindicato reforça a importância de manter a Petrobrás em Minas Gerais. Em locais de grande circulação da região metropolitana de Belo Horizonte, foram instalados outdoors e veiculadas peças publicitárias em rádios, além de notícias na mídia que repercutiram as ações da categoria. 

 

Audiência Pública em Brasília

A ameaça de privatização da Regap foi tema de audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, no dia 15 de julho. Como convidados participaram o coordenador geral do Sindipetro\MG, Alexandre Finamori, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, o pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), Eduardo Costa, e o gerente geral de planejamento logístico da Petrobrás, Eric Marcos Futino.

O pesquisador do Ineep, Eduardo Costa, citou vários dados técnicos. Segundo ele, se a venda da Regap for concluída será mais um monopólio privado, como acontece na RLAM, refinaria Mataripe, na Bahia. “Quem compra um ativo de bilhões, não vai investir”, reforçou os argumentos contra a privatização. “Depois do golpe parlamentar de 2016, só sobrou a face privada na Petrobrás de maximização de lucro aos acionistas”, concluiu.

 

Ato na Regap

Em 18 de julho foi a vez de fazer um grande ato nacional contra a venda da Regap. Além de movimentos populares e parlamentares, estiveram na porta da refinaria representantes de 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e centrais sindicais (CUT e CSP Conlutas). Os participantes manifestaram repúdio às privatizações e reforçaram a importância da Petrobrás ficar em Minas. “Para evitar que o processo de privatização avance com a assinatura, precisamos estar em luta e resistência. E é importante que esse debate seja levado para àqueles companheiros que não participaram desse ato, para que todos se unam à  essa luta e que cada trabalhador também compreenda o seu papel até o dia 2 de outubro”, reforçou o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar.