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Notícias | 21 de maio de 2013Nesta segunda-feira, 20, na região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, cerca de 200 famílias do MST reocuparam a Fazenda Porto Seguro, no município de Serra do Salitre.
Os Sem Terra que viviam no acampamento Chico Mendes, ocupando a área desde 22 de janeiro do ano passado, sofreram um despejo violento há 15 dias e foram expulsos do local, após a expedição de um mandado de despejo da Vara Agrária de Minas Gerais.
“O objetivo da ocupação é realizar a colheita das culturas que as famílias cultivavam na área e pressionar o governo federal para destinar a fazenda para fins de Reforma Agrária, criando o assentamento no local”, explica o integrante da coordenação estadual, Edvaldo dos Santos.
Os trabalhadores também denunciam as injustiças cometidas pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, que na semana passada adiou pela terceira vez consecutiva o julgamento do latifundiário Adriano Chafik, réu confesso do Massacre de Felisburgo, ocorrido em 2004, no qual cinco Sem Terra foram assassinados e 20 pessoas ficaram feridas.
O MST também denuncia a parcialidade da Vara Agrária e da 12ª Vara Federal de Minas Gerais, que tem se transformado em “Varas de despejos”. Ao emitir sucessivos mandatos de reintegração de posse sem avaliar as condições das famílias Sem Terra que ocupam os latifúndios e analisar se os mesmos cumprem a função social da terra, os dois órgãos penalizam os trabalhadores em detrimento do privilégio dos latifundiários.
Os Sem Terra repudiam ainda a posição arcaica do chefe de obtenção de terras do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Minas Gerais, que foi procurado pelo proprietário da fazenda Porto Seguro para negociação, mas não tomou as devidas providências para evitar o despejos das famílias Sem Terra.