Trinta e nove plataformas da Bacia de Campos realizaram assembleias convocadas pelo Sindipetro-NF, desde domingo, 21. Desse total, 33 plataformas aprovaram a realização de uma greve de 24 horas no dia 25 de julho. O motivo dessa greve, que deve ser realizada em todas as plataformas, é a decisão da empresa de suspender o pagamento do reflexo das horas extras no repouso, que vinha fazendo há mais de um ano. Essa decisão atinge mais de 4.500 empregados da Petrobrás. O Sindipetro-NF ganhou uma ação na justiça em última instância no TST que determina que esse pagamento deve ser feito, mas a Companhia alega que tem uma liminar que permite não fazer esse pagamento.
Durante a greve do dia 25 de julho será realizada paralisação parcial dos serviços, com realização apenas dos trabalhos que impactem na saúde, segurança e habitabilidade das 24 horas da paralisação. Segundo a diretoria do NF, a operação da plataforma será entregue aos prepostos da Petrobrás a bordo de cada plataforma.
Na segunda, 22, o Sindipetro-NF protocolou um ofício ao Diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, José Miranda Formigli Filho, comunicando a decisão da categoria de realizar essa greve de advertência de 24 horas a partir de zero hora do dia 25 de julho de 2013 até as 23h59 do mesmo dia.
“A categoria petroleira não irá mais aceitar a atitudes da Petrobrás de lesar os trabalhadores não pagando o reflexo das horas extras no repouso remunerado com o mesmo valor de um dia de trabalhado, como determina a lei e a ação ganha pelo sindicato e transitada em julgado” – afirma o Coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
A diretoria do Sindipetro-NF afirma que a Petrobrás é uma das empresas campeãs em processos trabalhistas. A empresa usa de todos os artifícios para retardar ao máximo uma execução, principalmente quando esse resultado é negativo para a empresa.