A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, tem dado amostras que pode endurecer as negociações para o acordo coletivo deste ano. Da maneira como ela vem administrando a empresa é provável que pouco ou quase nada a empresa vai avançar em suas propostas. O provável endurecimento das negociações salariais por parte da presidente da Petrobrás vem depois de uma série de medidas, cujo o objetivo foi prejudicar o trabalhador. Foram criados diversos programas (PRODESIN, PROCOP e PROEF) para “reduzir custos”. Um discurso que os trabalhadores da Petrobrás imaginavam não voltar a ouvir na empresa. Afinal, toda vez que isso era discutido, quem perdia eram os petroleiros.
A VOLTA DO ARROCHO
Além das possíveis ameaças ao nosso acordo coletivo, a Sra. Graça Foster está forçando a queda dos salários dos trabalhadores das empreiteiras. Os novos contratos mudam a função dos trabalhadores terceirizados, mas os mantém executando o mesmo serviço com salário menor. Muitos preferem sair. Os que ficam, estão revoltados, o que piora o ambiente de trabalho. Isso está ocorrendo em todos os níveis na Manutenção, Armazém e em todas as unidades da Petrobrás no Brasil.
As vagas dos trabalhadores que não aceitam a redução dos salários são preenchidas, muitas vezes, por pessoas inexperientes e mal treinadas. Isso coloca em risco suas vidas e de todos a sua volta. Todos que trabalham na refinaria, sabem como é importante o treinamento e a experiência para se evitar acidentes. Mas essa não parece ser uma preocupação da presidente da Petrobrás.
PRESIDENTE DA PETROBRÁS SE DOBRA AO MERCADO
Desde que assumiu a Presidência da empresa, a Sra. Graça Foster vem fazendo discursos que agradam o mercado e a mídia nacional. O alvo preferencial sempre foi a gestão Gabrielli, que foi presidente da Petrobrás em boa parte do governo Lula. Ela está sempre dizendo que tem que desfazer diversas medidas tomadas pela Presidência anterior.
Porém, foi na administração de Gabrielli que tivemos novas conquistas e que outras foram consolidadas. Faz parte dos planos da presidente da Petrobrás a fusão de setores, que vem sendo feita em todo o Brasil. Isso pode ser visto aqui também na Regap, como aconteceu com a Vigilância, SETINF e nos Armazéns. Não estão previstas contratações para a Manutenção nem para a Operação aqui em Minas. O mesmo arrocho ocorre a nível nacional. É a volta do perigo do sucateamento que ocorreu no governo neoliberal de FHC. Além dessas medidas, a presidente da Petrobrás vai se desfazer dos poços de petróleo em terra e até de alguns no mar. Isto é: ou vai fechar os poços ou vai privatizá-los. Isso soa como música aos ouvidos do mercado financeiro e da imprensa.
A empresa vai se dedicar à área de exploração de petróleo, praticamente ao pré-sal. Pretende em 2020 produzir o dobro do que hoje extraí de petróleo, com o mesmo número de trabalhadores. Ou seja, quer fazer a festa dos acionistas e do mercado financeiro enquanto os trabalhadores “catam as migalhas ” que caem da mesa.
A LUTA POR UM ACORDO DIGNO E EM DEFESA DA PETROBRÁS
As políticas da presidente da Petrobrás agradam a mídia e o mercado financeiro, mas vão contra os interesses dos trabalhadores e do povo brasileiro. Não podemos aceitar uma Petrobrás que visa atender interesses de grandes acionistas, mercado ou mídia. Lutamos anos contra o sucateamento e privatização da empresa. Tivemos muitas conquistas no governo Lula. Queremos avançar e não regredir em nossas reivindicações. Vamos à luta contra a desastrosa política da Sra. Graça Foster.
A GREVE É O CAMINHO PARA QUE A PETROBRÁS VOLTE A ATENDER OS INTERESSES DO POVO E DOS TRABALHADORES.