A aprovação do regimento interno e a eleição da mesa diretora abriram as atividades do segundo dia do Confup. Na sequência, a tese da Articulação, defendida por Roni Anderson da CUT Nacional e o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, foi aprovada como tese guia.
O economista do Dieese e assessor da FUP, Cloviomar Cararine, trouxe para discussão a complexa conjuntura no Brasil e na Petrobrás – impactos, estratégias e perspectivas.
Cloviomar Cararine – economista do Dieese e assessor da FUP
CAMPOS TERRESTRES
O Coordenador do Sindipetro-NF e ex-representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, José Maria Rangel, o técnico do Dieese, Rodrigo Leão e o vereador de Natal, George Câmara (PCdoB) participaram da mesa e dividiram suas experiências com os delegados do Congresso.
Rangel alertou que a desaceleração da exploração dos campos terrestres não atinge somente os sindicatos, mas toda a sociedade dos locais onde estão localizados, principalmente nos estados do Rio Grande Do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe/Alagoas e Espírito Santo.
“Quando estávamos no CA, realizamos seminários com os estados que estão sendo atingidos com essa desaceleração, para fazer um raio X e, depois, realizar uma apresentação no Conselho de Administração,mas essa última etapa não foi concluída. Nos últimos anos o fato da empresa voltar todos os seus investimentos ao pré-sal tem prejudicado algumas áreas. A Petrobrás também tem feito um movimento que agrada a categoria, mas vai de encontro ao que o movimento sindical defende que é a recomposição do efetivo” – disse.
Rangel exemplificou esse movimento com o Mobiliza, que transfere trabalhadores para outras bases da empresa, esvaziando principalmente as regiões dos campos terrestres; o Plaforte que é o planejamento da força de trabalho e o PIDV que tirou 9 mil trabalhadores, sem perspectiva de recomposição.
“A recomposição do efetivo se faz urgente! Principalmente agora que o pré-sal já atingiu a produção de 500 mil barris com navios afretados que tem apenas dois trabalhadores da Petrobrás a bordo. Essa discussão tem que ser de toda sociedade, porque nossa empresa tem uma grande responsabilidade social, além de compromisso de geração de conhecimento e de empregos no país” – afirmou.
O técnico do Dieese, Rodrigo Leão, alertou para algumas preocupações que a categoria deve ter com a desaceleração dos campos terrestres como o transferência de pessoas para outras regiões e os impactos nas cidades que dependem dos royalties e que vão perdê-lo, a redução dos empregos gerados e a transferência de empresas para outras cidades. “A Petrobrás tem um papel no desenvolvimento social do país e não podemos deixar de gerar desenvolvimento nessas áreas isoladas do país” – alertou o economista.
O vereador de Natal, George Câmara, que promoveu uma audiência pública sobre o tema, afirmou que o movimento sindical está sendo chamado a ser vanguarda na defesa dos campos terrestres e do projeto iniciado por Lula em 2003, de desenvolvimento reduzindo as desigualdades sociais.
TRABALHO EM GRUPOS
No início da noite, os delegados iniciaram as discussões em grupos, que são: sindicalismo, (campanha reivindicatória do Sistema Petrobrás e organização sindical); Previdência e Benefícios; Saúde, Segurança e Meio Ambiente e Setor Petróleo.
Sindipetro/MG com informações do Sindipetro/NF