Nesta sexta-feira, 22, os trabalhadores de todas as unidades de refino da Petrobrás aderiram às mobilizações convocadas pela FUP e seus sindicatos, em protesto à morte do operador Antonio Rafael, vítima de uma explosão na Reman, no último sábado, 16.
Conforme a orientação da Federação os petroleiros da Reman, Regap, Reduc, Replan, Recap, Refap,Repar, Rlam e Rnest, fizeram o atraso de duas horas na entrada do turno e, neste período, debateram com as direções sindicais, uma paralisação nacional mais contundente no próximo dia 02 de setembro.
Na Reman, unidade que protagonizou a última tragédia do Sistema Petrobrás, os trabalhadores anteciparam os protestos e cruzaram os braços por 24h. A paralisação na Refinaria de Manaus foi suspensa às 15h de ontem, mas os trabalhadores continuam em estado de greve até a próxima reunião do Sindipetro AM com a diretoria da Petrobrás. Hoje, os petroleiros seguiram os indicativos de mobilização da FUP e atrasaram a entrada do expediente em 2h.
Na Regap e naTermelétrica Aureliano Chaves, em Minas Gerais, os petroleiros cortaram a rendição à 0h desta sexta e permaneceram assim durante 8h. Na manhã de hoje, os trabalhadores atrasaram duas horas a entrada do expediente.
Na Reduc, em Duque de Caxias, o sindicato chegou à refinaria ainda na madrugada desta sexta-feira e bloquearam os portões da unidade com faixas pretas, representando luto. A mobilização teve apoio do Siticon, que representa os trabalhadores terceirizados da constrição civil, do Sintramico, dos trabalhadores da BR e distribuidoras de gás e, também, do sindicato dos bancários. Os trabalhadores da Reduc não entraram na unidade, o ato durou 2h. O protesto foi encerrado com uma passeata simbólica até o arco da refinaria. O Sindipetro Caxias debateu com os trabalhadores a construção de uma paralisação de 24h no dia 02 de setembro.
Na Replan e Recap, em São Paulo,o atraso foi de 2h30. Cerca de 300 trabalhadores próprios e terceirizados do turno e do setor administrativo participaram do ato e, seguiram para seus postos de trabalho, com os broches representando luto, disatribuído pelo Sindipetro Unificado de São Paulo.
Na Refap, no Rio Grande do Sul, o atraso começou à 0h e, depois, foi repetido na entrada do turno de 8h. O ato teve duas horas de duração.
Na Repar, no Paraná, a mobilização foi unificada, envolvendo trabalhadores da refinaria e Araucária Nitrogenados. O ato foi organizado pelo Sindipetro PR/SC e Sindiquímica PR. O atraso, também de duas horas, teve adesão de ampla maioria dos trabalhadores próprios e terceirizados das duas unidades.
Na Rlam, na Bahia, o ato começou às 6h30 e, segundo informações da direção do Sindipetro BA, a mobilização ainda acontece. Os petroleiros atrasaram a entrada do expediente em 2h30.
Na Rnest, mais conhecida como Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, os trabalhadores do turno e administrativo aderiram à mobilização que teve a duração de 2h.