Acabou o primeiro turno. A luta continua, agora, no segundo. Com quase 42% dos votos válidos, Dilma venceu o primeiro turno e vai pra cima de Aécio em busca de uma vitória definitiva. Sabemos que o maior adversário de Dilma continuará sendo a imprensa brasileira. Nesta luta, portanto, além de enfrentar o PSDB, o PT vai enfrentar a mídia, o sistema financeiro, grandes empresários, empresas multinacionais e a imprensa internacional.
A direita vai para o segundo turno unida em torno de Aécio Neves. Vão para o tudo ou nada na tentativa de voltar ao poder. Marina, cumpriu seu “papel” de fazer a eleição ir para o segundo turno, tal como ocorreu em 2010. Agora vai ser a luta dos trabalhadores e do povo brasileiro contra a quase totalidade da elite brasileira. Vamos “arregaçar as mangas” e fazer uma campanha, que além de reeleger Dilma, desmascare o candidato da oposição.
VOTAR NA MUDANÇA
Desde os movimentos de junho de 2013, a palavra “mudança” está na ordem do dia. Todos os partidos e um grande número de políticos têm afirmado que eles representam os “ideais da jornada de junho”. A direita tentou ser a representante desses “ideais de mudanças”, por meio do apoio maciço da imprensa.
O governo Dilma lutou para implantar uma Reforma Política, mas não conseguiu maioria no Congresso. Outras “mudanças” foram discutidas. Entretanto, a medida que as manifestações iniciadas em junho foram diminuindo, o ímpeto por reformas dos nossos deputados e senadores também foi diminuindo. O Congresso é dominado por uma maioria de direita. Nenhuma reforma ou mudança será aprovada , porque mexem com seus interesses. Neste imenso bloco que é formado por deputados e senadores de direita, está incluído o candidato do PSDB, Aécio Neves. Não são poucos os eleitores que acham que para “mudar” é necessário “mudar” o governo. Isso é um grande engano. Nenhum dos candidatos da oposição que for eleito, fará as “mudanças” que a população acha necessária.
O Congresso que saiu das urnas neste primeiro turno tem mais representantes de direita do que o atual, portanto, vai ser mais contrário a “mudanças”. A maioria dos deputados e senadores eleitos em 2014 são conservadores. Aécio Neves se encaixa neste perfil. É de direita e conservador. Ele é representante de uma oligarquia familiar que há muito tempo “mama nas tetas do Estado”. Sendo assim, nada é tão antigo e contra “mudanças” na política, quanto Aécio Neves e todos que o cercam.
Votar no Aécio é votar no passado. É manter todas as estruturas que deixam a política brasileira sob o domínio do dinheiro. Ele não teve o mínimo pudor em construir com dinheiro do Estado, dois aeroportos próximos às suas fazendas. Esse é só um exemplo do que faz um político considerado “moderno”, que muita gente acabou votando nele. Isso é votar em mudança? O que pode ser considerado uma grande mudança é a conquista do poder por um partido criado pelos trabalhadores. Pela primeira vez, um operário e uma mulher ocuparam a Presidência da República. Isto sim, é mudança que abalou séculos de dominação política das oligarquias brasileiras. Fato que nunca aconteceu no Brasil.
Esses 12 anos de governo são inéditos e, pela primeira vez, as demandas das classes trabalhadoras e do povo brasileiro passaram a ser prioridades para o governo. Daí todo esse ódio destilado pela mídia para tirar o PT do poder e, assim, parar o processo de “mudanças” pelo qual passa o país. No segundo turno, a luta continua.
Vamos reeleger Dilma. Mudança é o que foi feito nesses 12 anos. O resto é retrocesso.
Sindipetro/MG