Em carta enviada nesta quinta-feira, 6, à presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster, a direção da FUP cobrou “a mais rigorosa apuração e punição a todos os comprovadamente envolvidos” nas denúncias de corrupção na empresa. A Federação também reivindicou uma audiência o mais rápido possível com a executiva da estatal para que esses fatos sejam esclarecidos, bem como as medidas que estão sendo implementadas para apuração e solução dos desvios de gestão que sejam comprovados.
A FUP também quer discutir com a presidenta Graça a forma como tem sido feita a distribuição das verbas publicitárias da Petrobrás à grande imprensa, bem como o cronograma de recomposição de todos os postos de trabalho que foram disponibilizados em função do PIDV.
Principais trechos da carta enviada pela FUP:
“Diferente de campanhas presidenciais anteriores, a Petrobras deixou de estar no centro dos debates programáticos, sendo politicamente instrumentalizada em função das denúncias de sérios desvios de conduta de alguns de seus gestores”.
“A elite brasileira e seu consórcio reacionário entreguista – da mídia à sua estrutura de poder paralelo – de tudo fizeram para impedir a quarta vitória do povo brasileiro”.
“A questão de fundo desses setores é retornar o Brasil ao neoliberalismo, ao rentismo via FMI e aos interesses do império estadunidense. Instrumentalizada por uma mídia desregulada, comprada e subserviente, emularam a anti-política, o terrorismo econômico e o preconceito”.
“Foram fatos que, como nunca, até hoje fragilizam a Petrobrás, a expõe frente à sanha privatista neoliberal e reforçam essas ideias ainda presentes na atual gestão da empresa”.
“Mesmo diante dessa difícil circunstância, a categoria petroleira – diferente do silêncio adotado pela direção da Petrobras – soube separar o joio do trigo e enfrentamos essa contra-ofensiva conservadora”.
“A Federação Única dos Petroleiros continuará combatendo sem tréguas os focos de corrupção na empresa ou em quaisquer entes públicos. O faremos com referência nos valores éticos da gestão pública e ao mesmo tempo no fortalecimento do patrimônio nacional”.
“Reafirmamos mais uma vez que a atual política de contratação da Petrobrás e a desregulada terceirização em curso, além de ameaçarem a vida dos trabalhadores, contribuem para a prática da corrupção. Destacamos também que essas irregularidades deixaram sob dúvida a eficácia dos instrumentos de controle existentes na companhia”.
“As petroleiras e os petroleiros apoiam o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff de que “não deva ficar pedra sobre pedra” e, nessa perspectiva,defendemos a mais rigorosa apuração e punição a todos os comprovadamente envolvidos”.